sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Missão de Exu não é fácil...

E disse Olorun ao criar Exu: "Meu filho, você será o mais livre de todos os Orixás, será o mais humano e o mais mundano, será o mais aclamado e o mais odiado... Ainda, assim, aceita essa tarefa?"
"Sim, meu Pai." - respondeu Exu.

E veio Exu ao mundo terreno e ali fez sua morada...
Sua missão era testar e observar os homens e auxiliá-los em tarefas diversas, mas Exu foi confundido.
Acharam que Exu fosse o Diabo, pois a Terra era um caos de religiões. Enquanto alguns o aclamaram, outros o odiaram. Até o expulsaram e não o compreenderam!
Exu, por fim, se fez ouvir e provou o seu valor. Hoje, alguns compreendem e aceitam Exu. Mas, nem todos o entendem...
Ainda existem aqueles que lhe pedem favores diversos e lhe cobram servidão. Também existem aqueles que desmerecem Exu, como um simples servo do acaso. Enfim, Exu é o que Zambi disse...
Exu é a base de toda religião. Exu é a pedra fundamental. A Umbanda e todas as religiões não existem sem Exu, mesmo que não lhe deem esse nome.
Exu é o alicerce que apoia e que firma o caminho dos demais Orixás, Deuses e Santos nos trabalhos de propagação da fé. Ele é o Guardião de todos os Caminhos!
Exu pode ser amigo, Exu pode ser inimigo. Exu pode fazer valer a Lei. Exu pode cobrar o preço. Exu tem o direito da primeira oferta. Esse é o seu mérito.
Quem trabalha na Umbanda e desconhece Exu, desconhece o verdadeiro valor da Umbanda. Porque quem guarda a casa e seus afiliados é Exu.
Exu pode ser odiado, maltratado, perseguido e escorraçado; mas não pode ser extinto. Exu é o contraposto da criação; é o equilíbrio da ação; é a vontade do Criador agindo no meio humano.
E até aquele que não o quer, o tem por perto. Exu protege mesmo quem o odeia! Exu só se afasta se o Pai lhe pedir...
Mesmo que o expulsem, ele dará risadas e dirá: "Sou Exu, não podem me afastar! Essa é minha Lei!"
"Sou Exu, trabalho no canto...
Quando canto, desmancho quebranto!"

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Todos os dias são de Zambi...


Todos os dias são dias de Zambi (Deus)... Por mais que tenha um dia determinado para cada Orixá, Entidade ou Guia, é importante sabermos que o Pai de Todos os Orixás (Zambi/Olorun) deve ser respeitado todos os dias... Porque não há trabalho de Umbanda sem a Proteção do Pai de Todos!
Assim como o Pai deve estar presente em todo os momentos da vida dos Umbandistas, da mesma forma, a Mãe deve ser lembrada... Pois, não existe filho sem Pai ou sem Mãe. Por isso, em todos os Altares, de todos os Congás Umbandistas, deve estar presente a imagem do Espírito Santo (Orunmilá/Ifá), a imagem de Jesus (Oxalá) e a imagem de Nossa Senhora (Iemanjá/Oxum). Pois, não há Umbanda sem Jesus e sem Maria!
A Santíssima Trindade (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) representa a Tríade Umbandista, presente nas Entidades dos Pretos-Velhos, dos Caboclos e dos Ibejis. Ou seja, o ser mais velho, o ser adulto e o ser criança... Ou ainda, a morte, a vida e o nascimento. Esse é o Fundamento do Ensinamento Ancestral!
A Vida é uma Continuidade que se repete, em um Ciclo Constante de Encarnações e Reencarnações. Nas histórias de todas as Entidades que se apresentam no Terreiro, existem muitos exemplos de Vida que confirmam a Continuidade da Vida. Em cada História, cada Entidade tenta mostrar pelo exemplo, o que pode acontecer à cada um...
Durante os Trabalhos de Gira, as Entidades, na forma de Guias Espirituais, procuram ensinar aos Médiuns e aos assistidos a importância do respeito mútuo. Pois, assim como os Ibejis, todos já foram crianças um dia... Assim como os Caboclos, todos poderão se tornar adultos. E assim como os Pretos-Velhos, todos poderão envelhecer!
Dessa forma, a Trindade, possui muito mais significado do que apenas o Pai, o Filho e o Espírito. Pois, a Trindade representa também: o Espírito, o Corpo e a Alma. E cada um de nós possui a Trindade em si mesmo. Mesmo aqueles que negam a sua Essência Divina e que blasfemam contra o Criador, ainda assim, possuem o Espírito em si mesmo. Pois, são uma manifestação do Criador!
E é isso o que as Lendas do Candomblé nos ensinam quando comparam Zambi à Deus, Oxalá à Jesus e Ifá ao Espírito Santo. Ou então, quando apresentam os Pretos-Velhos como Entidades de Espíritos Velhos, Caboclos como Entidades de Espíritos Adultos e Ibejis como Entidades de Espíritos Infantis. Pois, o Pilar da Umbanda é de fato a Tríade Umbandista: Pretos-Velhos, Caboclos e Ibejis.
Precisamos respeitar os Primeiros Ensinamentos da Umbanda, porque foram eles que fundamentaram toda a Umbanda até agora... Também é preciso reconhecer a Hierarquia Espiritual que existe em toda a Égide Umbandista. Ou seja, é preciso respeitar a Lei!
Umbandista que desrespeita esse Fundamento, jamais poderá ser chamado de Umbandista! Porque a Umbanda tem fundamento e é preciso respeitar...

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Algumas considerações de Pai José de Aruanda.

"Qual é a base da Umbanda, meu filho? A humildade, a fraternidade e a caridade. Sem humildade você não serve ao seu irmão; sem fraternidade, você não comparece aos trabalhos e sem caridade você não pode pertencer a Umbanda Sagrada, meu filho!"

"Tudo na Umbanda se baseia na Trindade, meu filho. Sempre três. Um exemplo: você atendendo, seu guia "incorporado à você" e o consulente que conversa com você. E se o trabalho é muito pesado, seu guia chama reforço e mais dois assistentes espirituais ficarão junto a você. É a Trindade, meu filho. Porque Zambi (Deus) é Trindade!"

"Umbanda é trabalho sério! É dedicação, paz, amor e benevolência! Pertencer a Umbanda significa: servir ao próximo! Por isso, quem tira proveito da Umbanda, não sabe o que é a verdadeira Umbanda."

"Na Umbanda, meu filho, ou "se vai pela dor ou se vai pelo amor". O que quer dizer isso? Que se você foge do propósito de sua Missão de Vida, seu Espírito (seu Eu Superior) vai lembrá-lo disso, lhe puxando a orelha de alguma maneira, para acordá-lo! E nessa tarefa, de acordá-lo, se juntam os Guias e os Mentores Espirituais. Mas, claro, existe o livre-arbítrio e você, cumpre sua missão, se quiser... Mas, depois, não adianta se arrepender!"

"Quem é de Umbanda é de Umbanda, quem é de Candomblé é de Candomblé, quem é de Kimbanda é de Kimbanda e assim por diante... Não devemos discutir a religião ou misturar seus conceitos, devemos entendê-los e aceitá-los. Respeito, meu filho, respeito, sempre em primeiro lugar. Quem respeita, não agride seu irmão, não importa a religião."

"Existem outras religiões, sim, e cada uma possui suas regras. Sempre devemos nos adaptar às regras de cada lugar. Se eu não me adapto às regras daquele lugar, então, eu não pertenço àquele lugar!"

"Médium que é médium, não trabalha sozinho. Não existe trabalho solitário. O trabalho sempre é uma união de muitos. Por isso, o médium tem que pertencer a uma casa. Existe sim, aqueles que possuem missão solitária, como os benzedores, mas é a missão deles e da família deles."

"Meu filho, PACIÊNCIA! O meu filho não sabe que nesta Terra nós viemos treinar a paciência??? Aqui ninguém veio a passeio... Todos têm problemas! Por isso, meu filho: Paciência! A Espiritualidade não pode ajudar somente você e prejudicar o outro. Tudo está interligado. E para mover uma coisa apenas, todas as outras serão movidas também. O Universo sempre trabalha em prol da maioria."

sábado, 17 de dezembro de 2011

Os conselhos que o Pai José de Aruanda costuma falar aos seus filhos...

"A Espiritualidade está cansada de médiuns ignorantes! É preciso estudar e conhecer de verdade as coisas, para entender as Leis do Universo. Você só pode ajudar alguém se ajudar a si mesmo primeiro. Doente não ajuda doente. Um bom médium só pode fazer um bom trabalho, se estiver de bem consigo mesmo!"

"Meu filho, a doença primeiro atinge o eu emocional ou o eu mental (os corpos sutis), para depois atingir o perispírito. Mas, quando chega à carne, a coisa já tá feia e é preciso tratar... Por isso, existem os médicos da terra. Porque nem tudo é espiritual! Você sabe meu filho: Às vezes uma vassoura é só uma vassoura! Não pense que tudo é magia!"

"Os bons médiuns todas as casas querem... Os maus médiuns ninguém quer. Por isso, quando aparece um médium bom todos vão dizer: Você tem missão! E quem ganhar: leva um bom médium pra casa! (eheheheh - risada de preto-velho)"

"As pessoas reclamam demais... Queria ver trabalhar com sova (surra) no lombo e sal grosso em cima! Muitas vezes, reclamamos sem motivo daquilo que está bom; mas, que não enxergamos que está bom até perdermos."

"Filho: o Homem mais bom aqui da Terra puseram numa cruz e você ainda acha que é melhor do que Ele?"

"Meu filho, cuidado com o que você pede, porque depois que conseguir não adianta querer devolver!!! Então, preste atenção aos pedidos que você faz pra Deus, porque uma hora Ele se cansa e te dá exatamente o que você está pedindo... E será que você vai aguentar?"

"Meu filho, cumprir missão não é fácil... Mas, cumprir bem uma missão faz com que você deite no travesseiro a noite com a cabeça tranquila, em paz com Deus e com você mesmo!"

"Meu filho, não busque chifre em cabeça de cavalo... Pois, às vezes, uma vassoura é só uma vassoura! Não pense que toda vassoura tem uma bruxa sentada em cima, e que tudo que te acontece na vida é coisa de feitiço. O filho pode bem estar buscando coisa errada e deixando de fazer o que é certo, e por isso, as coisas estão acontecendo!"

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Exu Giramundo...

Um Exu que veio de outro mundo!

Sua história começou muito antes de muitas histórias... Muitos de vocês, talvez não acreditem em vida fora da Terra mas, esse Exu veio de outras Terras, de outros mundos. Viveu em um Planeta melhor e mais evoluído que o nosso, em outro Sistema Solar. Acompanhou a orbe dos "exilados" para povoar esse Novo Mundo. Mas, ao chegar aqui, conheceu o amor de uma mortal humana e apaixonou-se...
Esqueceu de seu compromisso como Guardião Estelar, esqueceu quem era e apenas quis viver esse amor. Quis ser mortal, tornar-se humano e viver por aqui. Porém, ao fazer isso, foi expulso da Federação e perdeu seus direitos. Ao aceitar viver na Terra, sofreu as dores da carne e de ser renegado, foi perseguido por aqueles que trouxe e pelos seus; foi um excluído! Somente sua amada ainda o quis e com ela fugiu...
Mas, foi caçado! Mataram-na e ele nada mais teve de seu... Somente seu ódio e sua sede de vingança! Descobriu o que é ser humano! Tornou-se um bárbaro e um conquistador. Conquistou Reinos e pessoas. Ficou conhecido como o "El Diablo Negro"! Podia ir e estar em qualquer lugar - seu poder era enorme!
Na época de sua primeira vida na Terra, os Atlantes ainda existiam... A partir daí reencarnou em Lemúria, em Mu, no baixo Egito, na África e sempre com a mesma tirania conduzia o seu povo. Tornou-se amado e odiado. Quando não lembrava mais quem era e de onde veio, reencontrou o amor de uma mulher, muito parecida com aquela que amou um dia. Ela vivia entre o Povo Hebreu que fugiu do Egito, sob o comando de Moisés. A história dela era muito parecida com uma história que ele conheceu em outras épocas e algo dentro dele renasceu...
A partir dessa vida, passou a reencarnar no Oriente, entre o povo de pele amarela. Conheceu o Hinduísmo e o Xintoísmo e tornou-se menos tirano. Sua última encarnação foi na época de Buda. Conheceu sua filosofia de vida. Decidiu mudar e reaprendeu a viver. Ao desencarnar foi convidado a trabalhar na semeadura de um novo compromisso nas terras onde andou. Conheceu, então, o Cristianismo! E mais tarde também auxiliou Maomé.
Depois disso passou a atuar no Planeta em todas religiões nascentes e crescentes. É por isso que hoje ele trabalha na Umbanda, como já trabalhou em tantas outras religiões. Seu nome: EXU GIRAMUNDO*, vem do fato dele poder estar em diversas esferas, atuar em diversos setores e se deslocar no tempo e no espaço com muita habilidade. Por isso, ele gira o mundo e sempre sabe como resolver uma situação ou como encontrar uma solução para o problema em questão. Porque ele é verdadeiramente um Guardião!

*Algumas pessoas escrevem "Gira Mundo" e outras escrevem "Gira-mundo"... 

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Senhor Exu Tranca Ruas das Almas

"Exu que é Exu trabalha e não enrola..."

O Exu Tranca Ruas é um dos Guardiões mais conhecidos e cultuados dentro da Umbanda Sagrada. Ele também é um dos mais "comentados" fora das Giras.
Sempre se canta pra ele na abertura de um trabalho... Porque é ele que tranca e destranca um lugar, um caminho ou uma situação.
O Exu Tranca Ruas das Almas trabalha nas Linhas de Ogun e de Omulu... Nos trabalhos de esquerda ele é sempre solicitado para fazer "puxadas". E como ele mesmo diz: "Sou bom em tirar o mal do couro dos outros!"
Esse Exu, em particular, viveu no Brasil Colônia e foi um Senhor Feudal, dono de muitas terras e muitos escravos. Enriqueceu muito, conheceu o bem e o mal de perto e viveu muitos anos. Ao desencarnar, o bem era sua soma de méritos de muitas vidas e o mal representava sua dívida com a Humanidade naquele momento. Quis pagar... Pediu para ser um servo daqueles a quem perseguiu. E assim foi... Por isso, tornou-se um Exu.
Hoje ele é respeitado e honrado... Afinal, cumpriu seu dever e pode seguir a sua jornada evolutiva. Ele, porém, preferiu ficar trabalhando como Exu, para continuar servindo à Umbanda e à todos que dele necessitarem...
Segundo ele, Exu não tem nome, Exu não tem história, Exu apenas faz! Mas, se Exu dá um nome é porque ele confia... Então, jamais desmereça um Exu, pois ele sabe cobrar! É assim Exu: muitas vezes temido, muitas vezes aclamado, mas, sempre necessário...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pombagira Maria Mulambo das Almas


A sua história foi a mais triste que eu ouvi... E nunca mais esqueci! Ela me contou essa história no final de 1993 e no começo de 1994 eu a transcrevi e guardei... Agora, quase vinte anos depois, eu a publico.

Ela era filha de um fazendeiro muito rico. Seu pai era tido na época como o Rei do Café. Uma moça bonita e prometida em casamento mas, apaixonou-se por um dos peões da fazenda. Amaram-se, entregaram-se e viveram esse amor. Ela fugiu com ele. Seu pai os perseguiu...
Mudaram-se muitas vezes, mas não foi possível esconder-se pra sempre. O pai possuía dinheiro e sede de vingança. Contratou jagunços, que os acharam... Violentaram-na muitas vezes, mataram o peão vagarosamente e cruelmente na sua frente. Ela estava grávida e perdeu o filho.
Acordou horas depois em um cemitério. Pensou em se matar, mas acreditava em Deus e não podia tirar a própria vida. Precisava sobreviver... Procurou emprego, mas não lhe deram. Procurou um prostíbulo, mas não a aceitaram, pois seu estado estava deplorável. Teve que mendigar para comer...
Sobreviveu a custa de muita dor e sofrimento, lembrando todos os dias de seu amado e de seu filho. Viveu dez anos dessa maneira... A única coisa de bom que possuía eram seus dentes saudáveis que vendeu um a um para sobreviver.
Quando já não possuía mais forças para lutar uma senhora bondosa lhe ofereceu abrigo, mas já estava muito doente, debilitada e enfraquecida. Sobreviveu umas poucas semanas e morreu.
Ao chegar do outro lado foi recebida no Hospital Espiritual de Maria, onde foi tratada e se recuperou... Viu o trabalho realizado pelos Socorristas e quis ajudar... Mas, também quis entender o que lhe aconteceu. Descobriu que seu pai já havia sido seu marido numa vida anterior e que a mantinha trancada.
Não guardou mágoas ou rancor... Apenas quis seguir trabalhando no Plano Espiritual. Pediu a Providência Divina que a aceitasse como falangeira, para atender aos mendigos e desvalidos, às mulheres que amaram e sofreram, aos que vivem a dor da solidão. E é assim que ela trabalha...
Ela serve à Mãe Maria, por isso carrega o nome Maria. Mulambo é o nome de sua Falange - significa farrapo, em bantu... E como ela é responsável por recolher os espíritos, recebe a proteção das Almas.
Quando a conheci, ela me disse uma frase que me marcou profundamente: "Nunca diga que pior do que está não pode ficar, porque às vezes piora e não sabemos porquê..." É difícil aceitar que uma situação pode piorar, além do que já está... Mas, temos que entender que diversos fatores comandam a vida. E todos estamos sujeitos às ações do Universo.


Uma observação final:
Essa frase pode parecer pessimista... Mas ela é, na verdade, realista! Quando a Pombagira Maria Mulambo proferiu essa frase em uma consulta, ela estava se referindo à todos os acontecimentos que estavam por vir... Ela também se referia ao fato de que muitos inocentes são atingidos pelas maldades dos outros. Então, em um primeiro momento, essa frase pode impactar, mas ela revela a verdade dos fatos como eles são... E quem melhor do que a Pombagira Maria Mulambo das Almas, para reconhecer acontecimentos ruins? Ela que viveu as piores dores que um ser humano pode suportar... Ela sabe muito bem o que é sofrer! E por isso, sofre pelos outros também!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Conselhos de um Mentor do Oriente...

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"Nossos Kharmas e nossos Dharmas são nossas aprendizagens aqui na Terra; não existe situação boa ou ruim, existe aprendizagem..."

"Compartilhamos aquilo que aprendemos no decorrer de muitas vidas, uns com os outros e, assim, trocamos conhecimentos, experiências e energia."

"Eu não sou melhor do que você e você não é melhor do que eu. Somos iguais perante o Criador; todos são iguais!"

"Eu só posso dar aquilo que possuo. Não cobre de um pessegueiro que ele te dê amoras! Aceite os pêssegos que ele te dá e saboreie-os! Um outro dia, busque as amoras em outro lugar."

"Sempre aprendemos alguma coisa com todos que passam por nossas vidas."

"Nada levamos daqui, a não ser o conhecimento adquirido. Eu sou aquilo que carrego na alma e minha essência representa o quanto estou mais próximo de voltar para o Criador."

"Sempre que você se sentir triste, desiludido ou desanimado, pergunte ao seu interior porque suas forças estão enfraquecendo... Ele sempre sabe a resposta. E depois, busque a solução. Ficar parado, esperando um milagre é o mesmo que esperar a chuva no deserto... Os milagres existem, mas é necessário lutar para que eles aconteçam."

"Um bom amigo é como bálsamo na dor, alivia qualquer dificuldade; por isso, devemos preservar os bons amigos!"

"Sempre que você se sentir infeliz, lembre-se porque você foi criado: - Para dar alegria ao Criador! Então, não se sinta incapaz perante as dificuldades, pois todos os acontecimentos possuem um significado e um propósito maior. Muitas vezes caímos para ajudar alguém a se levantar!"

"Eu sou aquilo que semeio. Se semeio bondade, eu sou bondade, se semeio tolerância, eu sou tolerância! Mas, se semeio ingratidão, colherei ingratidão! A semeadura faz a colheita... E mesmo aquele que diz que nada semeou, não recorda as sementes que espalhou por onde passou."

"Meu filho, você não sabe que a paciência é uma virtude adquirida através de muitas existências?"

"A Roda da Vida sempre gira a favor da evolução de muitos e jamais beneficia apenas um."

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Ogun das Sete Estrelas Douradas

Esse Chefe de Falange trabalha para Nossa Mãe Maria e para Nosso Mestre Jesus. Seu nome sempre foi sinal de respeito e de ordem dentro do Terreiro.
Ele sempre se portou com seriedade. Quando está presente nos trabalhos é porque alguma coisa importante o exige... Os obsessores o temem e os Falangeiros o respeitam!
Quando ele atua é para estabelecer a Ordem no caos... Porque a sua ação é restabelecer o Equilíbrio e promover a Paz.
Cumpre as mais diversas ordens. Orienta com sabedoria. Fala sempre a verdade. Jamais esconde uma situação de alguém, mesmo que isso cause constrangimento... Ele diz que a verdade é sempre libertadora.
Sua última encarnação foi há muito tempo... Viveu antes de Cristo na Terra, chamava-se Elloph e morou na região onde hoje é a Sibéria. Não reencarnou mais, tornou-se primeiramente um Guardião e passou a servir as Colônias Espirituais como lhe era solicitado.
Evoluiu, acompanhou a história e a trajetória terrena, mas sempre seguiu trabalhando no Plano Espiritual. Hoje habita uma Esfera que não lhe exige mais voltar ao Plano Físico; porém, está sempre auxiliando quem lhe solicita ajuda.
Atende aos chamados de São Miguel Arcanjo no resgate dos espíritos infernais e também assume trabalhos nos atendimentos das Casas que trabalham com Apometria e Cirurgia Espiritual.
Seu nome indica sua falange e sua missão: Ogun (cavaleiro de São Jorge) - Sete Estrelas (trabalha para Jesus e Maria) - Douradas: porque absorve e transmuta as energias fluídicas do ambiente.
Assim como ele, existem outros "Oguns": Ogun Sete Lanças, Ogun Sete Espadas, Ogun Sete Luas, etc. O complemento do seu nome se baseia no Orixá que comanda a sua Hierarquia.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Pai Joaquim de Angola

"Mas que nego é esse, que vem chegando agora?
É Pai Joaquim, que vem lá de Angola!"



Pai Joaquim, nasceu na Senzala de Pernambuco, no ano de 1623. Foi um dos primeiros escravos a nascer em solo brasileiro. Sua mãe (Nhá Ana) era de ascendência angolana, mesmo assim, ele foi batizado com nome português... Ele recebeu o nome de Joaquim José, em homenagem ao avô e ao pai de Jesus (que ele nem sabia quem era).
Conheceu um dos primeiros líderes do Quilombo dos Palmares: Ganga Zumba, que morreu envenenado por seus opositores quilombolas. Em seguida, assumiu Zumbi, que se tornou um dos líderes mais conhecidos, porque não aceitava negociações com o governo. Palmares foi praticamente destruída em 1694. Zumbi dos Palmares foi morto (degolado) em 20 de novembro de 1695, por bandeirantes. (Atualmente comemora-se o Dia da Consciência Negra nessa data.)
Pai Joaquim, por viver nessa região, presenciou todos os massacres da época. Ele tentou fugir algumas vezes e em todas elas, foi apanhado. Levou muitas chibatadas amarrado ao tronco e foi castigado inúmeras vezes. Quando não aguentou mais apanhar, desistiu de fugir...
A pedido de sua mãe, ele se conformou e aceitou seu jugo de escravo. Disse-lhe ela: "Meu filho, prefiro-o vivo perto de mim, do que morto e longe". Então ele ficou... Joaquim se resignou, tornou-se um líder dentro da fazenda, dirigindo os demais escravos e até ajudando-os a fugir para o Quilombo, quando eles queriam... Porém, ele nunca mais fugiu, por causa de sua mãe.
Enquanto Joaquim trabalhava nas tarefas diversas da fazenda, Nhá Ana tornou-se babá dos sinhozinhos da fazenda. E assim eles viveram até o final de suas vidas. Joaquim acabou morrendo antes de sua mãe. Morreu de febre e de inflamação nos pulmões, no ano de 1687. Nhá Ana morreu em seguida, porque estava cansada e doente. Quando Joaquim morreu, estava em paz consigo e com sua consciência e tornou-se um mensageiro espiritual dos irmãos africanos.
Pai Joaquim disse que os negros que sobreviviam aos porões dos navios e às chibatas, tornavam-se fortes e resistentes e, por isso, viviam muito. Os Senhores Feudais os alimentavam com as sobras dos animais (patas, orelhas, tripas, etc); mas, eram justamente as partes com maior quantidade de proteínas. Eles também sabiam curar suas feridas com ervas e unguentos diversos. Então, sobreviviam o quanto podiam...
Em espírito, Pai Joaquim atuou nas Senzalas do Brasil junto ao povo de descendência Yorubá (Jeje, Nagô, Ketu e Angola); aconselhando os escravos a não usarem seus conhecimentos ancestrais para a magia negra ou para a vingança.
Hoje, ele atua na Umbanda servindo como "Guia Espiritual" na Falange dos Pretos-velhos de Angola, porque sua mãe foi trazida para o Brasil da região do Congo-Angola na África. Sua mãe também trabalha na Umbanda, como "Vovó Ana do Congo". Na época, Congo e Angola eram uma única região.

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Vovó Ana...

A mãe de Pai Joaquim.

Vovó Ana do Congo é uma Entidade que trabalha como Preta-Velha na Lei do Congo (Nação de Angola). Por isso, ela pode ser chamada de Vovó Ana "do Congo", enquanto Pai Joaquim é "de Angola".
Vovó Ana foi escrava a vida inteira. Nunca soube o que foi nascer ou viver livre. Então, se conformou e fez seu filho se conformar também... Seus Ancestrais foram livres. Ela sabia, porque seus pais lhe contaram muitas coisas sobre a África de seus Avós.
Vovó Ana pensou que um dia poderia conhecer a África... Mas, sabia que seria impossível. Porém, nunca deixou de acreditar em sua Ancestralidade e nunca deixou de sonhar com a liberdade. Quem sabe, os Orixás não lhe ouvissem?!
Vovó Ana era chamada de Nhá Ana pelos Sinhozinhos, a quem tinha criado, cuidado e educado. Pois, apesar de ser escrava de seus Senhores, era respeitada por eles. Então, preferia viver como uma serviçal da Casa Grande, do que viver fugindo...
A vida de escravo era muito difícil. Principalmente, de escravo fujão! O destino era sempre o tronco, a chibata e o açoite. E Vovó Ana estava velha demais para enfrentar tudo isso... Não que ela se conformasse com a escravidão, mas na época dela, negro não tinha vez no Brasil! Por isso, era melhor ser escravo bem tratado, do que livre e açoitado.
Muitos que conviviam com ela não entendiam o seu pensamento, achavam que ela estava "variando" das ideias. Então, com a maior paciência do mundo, Vovó Ana explicava: "Se você for livre aqui no Brasil tem que ir para o Kilombo. E nem todos são aceitos lá... Fora do Kilombo, só  se voltar pra África... E quem vai levar você de volta?"
Todos ouviam os conselhos de Vovó Ana e se admiravam com sua sabedoria e tranquilidade. Ela era amorosa até com os Sinhozinhos! Vovó Ana viveu assim, e assim morreu... Sua vida foi uma vida de escravidão. E apesar da vida que levou, Vovó Ana nunca prejudicou ninguém por causa disso... Ao contrário, ela só ajudou!
Quando Pai Joaquim morreu, por problemas respiratórios, Vovó Ana sentiu que era hora de partir também... Ela não tinha marido, nunca teve. Só teve um filho: Joaquim. E agora nada mais tinha que lhe prendesse...
Então, em uma noite fria, deitada em sua pequena esteira de palha, Vovó Ana se despediu desse mundo... Ela partiu para o Orun de seus Ancestrais!

domingo, 4 de dezembro de 2011

A história do Senhor Exu Capa Preta.

Apresento-vos um Exu que já foi "Inquisidor Negro"...
Mas, agora, é um Mago da "Capa Preta"!


Um Exu Capa Preta é uma Entidade que possui inúmeras qualidades e os mais variados conhecimentos, sobre os mais diversos temas... Dessa forma, ele pode atuar em muitas esferas diferentes.
Em uma de suas Vidas, ele viveu no século XVI, no norte da Europa... Serviu a Igreja Católica como clérigo e mais tarde como Inquisidor; mandou perseguir muita gente e matou muitos: degolados, enforcados e queimados.
Ele era cruel e impiedoso em suas decisões, por isso, muitos o temiam! Seu nome era sinal de respeito pela Igreja e de pavor entre os moradores. Jamais recuou em uma decisão; jamais se arrependeu delas!
Foi assim que ele se tornou um dos Maiores Inquisidores Negros de toda a Europa! Um Inquisidor era tido como "Inquisidor Negro", quando a sua sede de sangue era profunda e mordaz...
Ao desencarnar percebeu que o espírito é eterno e que todas as nossas decisões nos aguardam do outro lado. Seu espírito, em verdade, era o de um Cientista evoluído, que perdeu a sua encarnação por todo o mal praticado.
Ele também já havia sido Alquimista e Astrônomo em outras Vidas. E serviu Reis e Rainhas como Conselheiro. Mas, por conta de sua soberba, percebeu que quase se perdeu completamente...
Devido aos seus conhecimentos extra-físicos, ofereceram-lhe diversas oportunidades de resgate. Porém, quis ele permanecer no meio umbralino resgatando a todos que, como ele, abusaram do Poder e usurparam a Justiça.
Para evoluir e pagar seu Kharma de cruel perseguidor, foi solicitado pela Colônia de Aruanda a servir todo e qualquer Falangeiro como um emissário "Capa Preta".
Pois, apesar de tudo, nenhum espírito perde aquilo que já possui... E como o Senhor Capa Preta possui muito conhecimento, e muita vontade de evoluir, todo o seu trabalho é devotado à Espiritualidade Maior.
O Senhor "Capa Preta" trabalha como um Justiceiro do Reino de Maria, a quem serve com devoção e amor, por ser ela a Mãe Carinhosa que o tirou das prisões infernais!
E apesar das dívidas que possui junto à Lei Divina, ele segue trabalhando com honra e dedicação... A sua Capa representa a Prática da Magia e é Preta até que possa evoluir e torná-la alva como a Luz.

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O Capangueiro da Jurema!

Essa é a história de um Caboclo que entende de muitas coisas... Viveu em dois mundos, entre duas Culturas e aprendeu os costumes dos brancos e dos índios. Era um profundo conhecedor das trilhas e sabia conduzir adequadamente uma caravana floresta adentro. Tornou-se um exímio expedicionário.
Trabalhou para os Portugueses por quase meio século. Essa foi sua vida: viajando por quase todo o Brasil, dos litorais ao interior das Matas. Ele entendia da arte de curar. Fabricava instrumentos e utilitários com o que a floresta fornecia. Ele era útil ao conquistador. Tornou-se requisitado e assim viveu sua vida.
Com sua aparência de índio-bugre nativo, trabalhou sem roupas por muitos anos; mas, quando mulheres se juntaram às caravanas, preferiu vestir as roupas do homem branco.
Ao desencarnar não quis mais afastar-se das florestas brasileiras, nem de seu povo, nem das dores que viu serem semeadas pelos conquistadores europeus. Sentiu-se compelido a ajudar índios e bandeirantes a evoluir espiritualmente.
Ele quis ser mais que um simples "capangueiro" das matas, tornou-se um "Capangueiro de Aruanda". Sua sabedoria milenar em reconhecer trilhas, seu jeito peculiar de curar, sua maneira sincera de observar e falar, faz desse expedicionário mameluco uma entidade única, que serve a todos os Orixás na maior boa-vontade e dedicação.
Não sei de outras encarnação anteriores, não sei seu nome verdadeiro... Sei apenas que era chamado de "Fidélis das Matas" pelos Portugueses, por trabalhar sempre calado e observando...
Quando ele vem ao Terreiro, incorpora, gira e dança, dá seu grito de guerra e começa a trabalhar com agilidade e presteza e diz: Eu só quero servir! E gosta de cantar seu ponto: "Arreia Capangueiro, Capangueiro da Jurema, Capangueiro da Jurema, 
Capangueiro Juremá..."

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sábado, 3 de dezembro de 2011

Senhor Xangô Sete Pedreiras

Um Cacique que sofreu a perda de sua Tribo.

O Senhor Xangô Sete Pedreiras é uma entidade totalmente do bem, tranquilo, de fala mansa, como todo bom Xamã! Ele gosta de elucidar os problemas da pessoa com muita sabedoria. Ao atender, faz isso com toda a humildade e benevolência que um espírito abnegado tem que ter. Já o vi chorar, uma vez, por um filho que não quis cumprir sua missão e que ainda reclamou de tudo o que estava lhe acontecendo. Ele se condoeu dessa pessoa e tirou a dor dela.
Ele sempre explica que cumprir missão na Lei Maior do Bem não é fácil, que existem as escolhas pessoais a serem feitas e que é preciso muita dedicação. Uma vez perguntei como ele se tornou um "Guia Espiritual" e ele me disse: "Todo aquele que cumpre sua missão de vida, torna-se Guia Espiritual de alguém ao desencarnar..."  E também perguntei porque eu ainda via nele tanto sofrimento pela morte dos índios de sua Tribo, então, ele me respondeu: "Nunca deixamos de amar e de nos preocupar com nossa família espiritual..."
Esse espírito de fala simples, possui muita elevação. Viveu no norte da América e viu sua tribo ser dizimada pelos conquistadores. Nada conseguiu fazer e sentiu-se responsável por todos eles. Ele era o Cacique da tribo e ao fim de tudo, foi martirizado de várias maneiras, até que o mataram. Ao chegar no Plano Espiritual, havia cumprido sua missão de vida e podia seguir seu caminho de luz, mas preferiu ficar e trabalhar. Quando estou na presença dessa Entidade sinto-me pequeno, como se eu fosse uma criança com muito a aprender...

 

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Senhor Tata Caveira...

Apresento-vos um Exu que já foi Pirata!

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Esse Exu da Linha das Almas, gosta de conversar muito e se apresenta fazendo graça. Ele sempre tem um conselho ou uma solução para quem o procura. Você até pensa que ele está enrolando pela maneira de se comportar... Mas, essa é a forma que ele encontrou de melhor agir: "disfarçado".
Na verdade, ele trabalha muito bem e quando você pensa que ele está indo buscar uma solução, ele já voltou com o problema resolvido. Ele também é muito bom em limpar a aura e o psiquismo das pessoas.
Algumas vezes, ele não parece muito amistoso... E fica pensativo, enquanto a pessoa o questiona. Quando isso acontece, o problema é bem mais profundo do que parece e exige uma solução adequada de sua parte.
Todos que conversam com ele se sentem bem melhores... Seja pelo seu jeito peculiar de agir, seja por seu magnetismo em ação, seja por sua franqueza absoluta! Enfim, seja porque ele é um bom guardião!
Lembro-me que a primeira vez que o Senhor Sete Encruzilhadas apresentou-me o Senhor Tata Caveira, ele não me pareceu nada simpático e eu relutei muito em tê-lo por perto. A aparência dele não era das melhores; foram três dias de conversas e entendimentos. Depois que trabalhamos juntos algum tempo, eu já o considerava demais!
Então, eu soube a sua história... Ele viveu durante o século XVI, navegando pelos Sete Mares, como Capitão de um navio. Ao entrar em guerra com outro navio por disputa de mercadorias e espaço, foi morto pelo fio de uma espada: degolado.
Quando vi sua verdadeira imagem: um jovem muito bonito de cabelos encaracolados e olhos fortes - me surpreendi. Pensei que ele fosse mais velho...
Mas, disse-me ele: Morri jovem naquela vida, mas meu espírito já viveu muito, por isso eu sou um "Tata" e trabalho como "Caveira" recolhendo as almas daqueles que, como eu, não souberam lutar por sua vida de forma honesta e direcionada.
Hoje, depois de alguns anos de trabalho, sou muito grato a esse Guardião que se tornou meu amigo e companheiro de jornada evolutiva. Se, em algum momento, não dei o devido valor a esse Exu, peço-lhe agora que me perdoe...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Senhor Exu Rei das Sete Encruzilhadas!

Aquele que transmuta as energias.

As pessoas desconhecem o verdadeiro mistério de "Exu" e confundem-no com Entidades de baixa vibração. Exu, nada tem a ver com "diabo" e espíritos malignos. Todo espírito ao se tornar Entidade de uma Falange, atua em uma determinada vibração e age em nome de uma Lei Maior.
Essas pessoas ignoram a verdadeira atuação de um Exu Guardião no Campo Astral. Todo Guardião/Exu possui uma particularidade: ele pode trafegar nas duas esferas (positiva e negativa), sem comprometer a sua evolução por conta disso... Porque a Lei de Exu permite...
Um Exu auxilia no recolhimento dos espíritos sofredores. Ele socorre tanto encarnados, quanto desencarnados. Por isso, ele atende o que lhe é pedido... Mas, depois cobra um preço, porque é do seu direito cobrar pelo trabalho que realizou.
De acordo com cada situação, o Guardião Exu ou Exu Guardião se transforma no Plano Espiritual... Por isso, cada Exu carrega o simbolismo da Falange a qual pertence, como: capas, chapéus, espadas, cristais, tridentes, etc. 
Um Exu é, antes de tudo, um Guardião compenetrado e bem intencionado na Defesa Psíquica de seu médium... Ele defende seus médiuns e ainda mantém sua evolução pessoal intacta.
Eu conheci um Exu de espírito nobre e alma compenetrada, sempre pronto a auxiliar: O Exu Rei das Sete Encruzilhadas! Ele contou-me a sua história: em sua última existência foi gaúcho, lutou na Guerra dos Farrapos, comandou sua tropa, mas não me deu detalhes de seu nome e de quem realmente foi... Apenas deu detalhes da Revolução Farroupilha e provou que esteve por lá.
Sua forma de trabalhar como Exu era bastante peculiar... Ele incorporava fazendo graça de sua aparência de desencarnado: degolado! E depois ficava sério e saía caminhando pela casa.
Uma vez aconteceu um fato curioso: estávamos reformando a casa e enquanto uma das tábuas era despregada para retirar os cupins, ele ria e dizia: "Estão despregando a tábua errada!" E apontava uma tábua perfeita... Duvidamos! Mas, ele tanto insistiu que fomos obrigados a despregar a tábua apontada. Mas, qual não foi nossa surpresa, ao descobrir que o ninho de cupins estava justamente naquela tábua???
Esse é o Senhor Exu das Sete Encruzilhadas! Nunca o vi alterado, seja sério ou brincando, mas sempre trabalhando na Lei. E se alguém lhe dissesse: "Tem jeito do Senhor fazer alguma coisa aí por mim?" Ele já respondia: "Que coisa é essa? Se for coisa errada, vai procurar o que fazer, que eu quero evoluir!"
Esses tempos descobri que ele me acompanha desde que nasci. Minha mãe um dia me falou: "Quando você era criança vivia dizendo que no seu quarto tinha um homem vestido de preto, com chapéu e tudo, que sorria e dizia: Não tenha medo, estou aqui te cuidando!"
Exu que é Exu trabalha na Lei e sempre guarda a Lei de Umbanda! E a Umbanda precisa de Exu! É como o ponto cantado que diz: "Exu, Exu, sem Exu não se faz nada! Exu, Exu, Rei das Sete Encruzilhadas!"

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Haywoth

Um Mentor do Oriente na Umbanda!


A Umbanda possui essa particularidade: de poder mesclar conhecimentos e conceitos, sem perder a sua essência primordial.
As Entidades Espirituais que derivam das Filosofias Orientais vieram trabalhar no Brasil, para fortalecer a evolução espiritual, através de algumas práticas de sua ideologia de vida.
Um dos Mentores dessa Casa chama-se Haywoth. Esse foi o nome que ele adotou desde o primeiro momento para a sua apresentação. Haywoth nasceu na Mongólia, antes da Dinastia Gengis Khan.
Passou boa parte de sua vida no Tibet mas, terminou seus dias no Himalaia. Haywoth foi um Monge que seguiu os ensinamentos da Filosofia Taoista.
Após seu desencarne foi convidado a semear na Pátria Brasileira sua filosofia de vida, trabalhando pela nova religião que surgiria: a Umbanda.
Haywoth, é um Mestre Oriental de fala suave e compassada, que aconselha a benevolência acima de tudo... Costuma dizer que na vida tudo é uma passagem e, por isso mesmo, uma ilusão. Dessa forma, não vale a pena perder uma existência por futilidades.
Depois ele sorri, um sorriso calmo e complementa: "Tudo se baseia na Lei de Ação e Reação, meu filho. Se você age conforme a Lei Suprema, o Universo reconhece e te devolve em boas ações."
Quando o vejo, ele me recorda a aparência de Lao Tsé em idade avançada. Haywoth me explicou que trabalha para esse Mestre, por isso, assume sua aparência durante as apresentações.

Kuan Kon

Um Guerreiro Oriental protegendo a Umbanda...

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Na Umbanda Sagrada, as Falanges de Entidades Orientais trabalham para ensinar ao médium: perseverança, benevolência e aceitação.
Quem possui missão com Espíritos de aspecto Oriental, visualiza Entidades bem diferentes do Panteão brasileiro.
Normalmente, esses Espíritos apresentam-se com vestimentas muito próprias e aparências muito diversas, ou seja, de outras Culturas.
Essas Entidades podem ser: Hinduístas, Xintoístas, Taoistas, Islamitas, Xamanistas, Paganistas, entre outras crenças.
Kuan Kon (como se fala) ou Kwan Kun (como se escreve) foi um dos maiores e melhores guerreiros da Antiga China.
Kuan Kon, também reconhecido com "Guan Yu", foi também o inventor de uma arma poderosa usada no Kung fu, chamada de kwan tao.
Ele foi tão honrado e respeitado que, logo após a sua morte, ele tornou-se uma Divindade Protetora das Artes Marciais, da Justiça e dos Negócios.
Kuan Kon é reconhecido como um herói dos "Três Reinos". Para os Ocidentais a referência a "Reinos" não tem importância mas, para os Orientais, representa evolução, equilíbrio e transformação.
A Umbanda também reconhece a existência de Reinos... Por isso, permite o Trabalho das Falanges do Oriente, junto às Linhas da Umbanda.
Todo médium que trabalha com a "Umbanda Oriental" ou Umbanda do Oriente, precisa ler sobre as Religiões Ancestrais e suas deidades. Principalmente, sobre a Religião que a Entidade representa...

Chinese God for War N Justice (Guan Yu) | OldAmulet.com | Guan yu ...

sábado, 26 de novembro de 2011

Cabocla Jandira e sua história de vida.

Durante a invasão e conquista dos Europeus sobre a América, ela trabalhava como Pajé (curandeira) em sua Tribo. Todos eram encaminhados a ela para tratamento e solução de seus problemas.
Ela atendia os doentes, aconselhava os confusos, preparava os curumins, fazia unguentos e poções com ervas medicinais, instruía e apaziguava a Tribo, entre outras funções.
Como estava muito velha, segundo ela, com mais de cem anos, decidiu passar o cargo a um aprendiz... Conforme determinava a tradição.
Esse aprendiz ignorou sua missão, cortando seus cabelos e enterrando-os na mata, junto ao pé de uma árvore, como forma de renegar sua ancestralidade.
(Esse era o costume da época: ao cortar os cabelos, o escolhido se negava assumir o cargo.)
Sem tempo de preparar outra pessoa e prevendo uma invasão, a Cabocla-pajé tentou salvar sua Tribo migrando para uma região mais ao Norte. Mas, foram surpreendidos pelos conquistadores e dizimados...
O aprendiz sobreviveu, porém, não cumpriu sua missão de curandeiro. Ele preferiu trabalhar junto aos brancos. Assim, também, renegou sua raça.
A Pajé sentiu-se responsável por todos os filhos dessa Tribo e resolveu dedicar-se ao resgate deles no Plano Espiritual.
Como "Cabocla Jandira" e Socorrista Espiritual, a Índia-pajé, conseguiu localizar todos os antigos filhos e arrebanhá-los novamente.
Atualmente, alguns também atuam como Caboclos no Reino de Jurema e outros estão encarnados, cumprindo missão como médiuns ou apenas vivendo uma vida normal no Plano Terreno.
A Cabocla Jandira atua na Linha das Águas, promovendo a cura e a limpeza da aura daqueles a quem atende, sempre com bons conselhos e boas lições.
O aprendiz que renegou sua missão de pajé, trabalha na Seara Umbandista como médium. Hoje em dia, sua função é a de resgatar sua dívida acumulada junto aos seus antepassados indígenas.

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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pai José de Aruanda...

Um Preto-velho com muitas Histórias!

Pai José de Aruanda é o nome de um Guia Espiritual da Falange dos Pretos-velhos. O nome Pai José indica que ele é um "Preto-velho" Falangeiro de São José. O sobrenome "de Aruanda" é uma referência ao Reino de Umbanda e seu trabalho na Linha de Oxalá.
Ele foi um negro escravo alforriado, que viveu no século XIX, nas terras do Maranhão. Sua mãe foi trazida em um navio negreiro no final do século XVIII (em 1798, mais precisamente), pelas mãos de Escravagistas Holandeses. Durante a viagem ficou grávida e "José" nasceu no Brasil já sobre o jugo da escravidão. 
Por ser de pele clara e ter olhos diferentes dos demais (por causa do pai holandês, o qual nunca soube de sua existência), José era tido como mestiço e circulava entre brancos e negros, aprendendo o costume dos dois povos. 
No final de sua vida foi alforriado pela Lei Áurea, mas já estava cego e doente, vivendo alguns poucos anos ainda sua liberdade tardia. Durante sua vida de escravo trabalhou em lavouras de café, algodão e cana-de-açúcar. Aprendeu a arte da capoeira e do benzimento com seus ascendentes africanos, o que usou durante sua vida na fazenda para apaziguar seus irmãos e curar as feridas das chibatadas.
Em uma vida anterior, no começo do século XVIII (em 1723), "Pai José" havia vivido na Europa, como um médico inglês renomado e respeitado sob o nome de Dr Albert Saint Peace. Mas, como diz ele, não fez jus ao diploma de médico, pois, não praticou a caridade, nem ajudou os demais como deveria. Então, pediu para nascer no Brasil e ser um médico dos pobres, como um benzedor.
Dessa forma, Pai José (Dr. Albert) renovou seu espírito e evoluiu, podendo seguir sua jornada como Guia Espiritual na Falange dos Pretos-velhos. Segundo Pai Zé, não adianta apresentar-se como "médico europeu" numa Corrente Mediúnica, se foi como "nego-velho" que ele evoluiu seu espírito!
Pai José teve reencarnação compulsória* entre sua existência como médico e sua vida como escravo. Escrevo essa justificativa para elucidar porque ele reencarnou tão rapidamente entre uma existência e outra. 
(*Compulsória significa que a pessoa morreu em uma vida e renasceu em outra, automaticamente, sem ficar muito tempo no Plano Espiritual.)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Caboclo Cobra Coral...


Um Cacique que não temia as cobras!

Quem trabalha na Umbanda sabe que existem as Falanges e que cada Falange possui o seu Falangeiro (ou Guia Espiritual).
Existem inúmeras Falanges, com inúmeras Entidades em cada Falange. A Falange das Cobras indica o trabalho nas Matas. O tipo de cobra indica o tipo de trabalho.
A cobra coral é considerada uma das cobras mais venenosas do Mundo! Seu veneno é mortal para a pessoa que não for socorrida imediatamente após a picada.
Portanto, quando dizemos Caboclo Cobra Coral, estamos nos referindo a uma Entidade que trata o mais poderoso de todo os venenos... Mas, que também pode utilizá-lo, se assim for necessário!
Esse Caboclo Cobra Coral, nasceu de mãe morta... Vou explicar: sua mãe estava no nono mês de gravidez e andava pelas proximidades da tribo, quando foi picada por um casal de cobras corais.
Ela morreu ali mesmo mas, conseguiu parir e o choro da criança se fez ouvir por toda a Aldeia... Quando acudiram, encontraram um menino esperto segurando uma cobra coral em cada mão.
Ele recebeu, então, seu nome de batismo: "Cobra Coral". Ele cresceu brincando com todo tipo de cobras e animais peçonhentos e sem temê-los.
Quando cresceu, o pequenino índio tornou-se um grande Guerreiro e um grande Líder para toda a sua Tribo, como Cacique Chefe daquela Nação.
Ele era temido pelos demais, porque acreditavam que seu sangue possuía veneno de cobra e, assim, poderia infectar flechas para matar seus oponentes.
Ele viveu muitos anos e comandou com sabedoria a sua Tribo. Morreu idoso de causas naturais, cercado pelo respeito de todos os índios de sua Tribo.
Após sua morte, ele tornou-se um Falangeiro do Reino de Aruanda, servindo a Umbanda com muito respeito e dedicação.

domingo, 20 de novembro de 2011

Pombagira Maria Padilha das Sete Encruzilhadas

"Maria Padilha vem... Na Linha do Cemitério.
Ela não ri, ela não ri, ela sempre fala sério!"


Ela sempre foi discreta em suas incorporações... Compenetrada e objetiva em suas respostas. Nunca omitiu a verdade! Sempre olhou firmemente nos olhos das pessoas, explicando detalhadamente cada situação.
Quando canta seu Ponto, ela explica a sua história... Ela disse que pode contar que viveu no século III, em Roma... E que vivenciou toda a trajetória cristã em sua vida; juntamente com outras pessoas perseguidas pelo Império Romano.
Ela morreu em uma Arena, por se recusar a seguir as ordens dadas pelo Imperador. Como outros cristãos, foi jogada aos leões! Após a sua morte, ela foi recolhida e, logo em seguida, começou a trabalhar...
Essa Guardiã possui muitos filhos para resgatar... Ama a todos e não quer perder nenhum... Enquanto não puder vê-los sãos e salvos, não deixará de trabalhar...
Por isso, escolheu a Calunga, por ser o Reino dos Mortos... Ela é uma Guardiã dos Mistérios Femininos: uma Pombagira! Como Pombagira carrega o nome "Maria", porque pertence à Falange das mulheres que trabalham com Maria Madalena.
Todas as Pombagiras Marias são Socorristas e Mensageiras de Nossa Mãe Maria. Elas trabalham resgatando os espíritos perdidos na Esfera Terrestre, e vão aonde ninguém mais vai: no mais Baixo Umbral.
Usam a aparência sedutora para auxiliar no resgate... Não se vestem de "anjos" para não assustar o socorrido. Assim, caminham pelas Esferas Umbralinas sem chamar a atenção.
Como mulheres "mundanas" podem passar despercebidas pelos seres de todo Umbral e são aceitas com menor desconfiança pelo resgatado. É assim que trabalham todas as "Marias Padilhas".
Com amor e abnegação, elas recuperam os seres extraviados de suas famílias. Depois, encaminham aqueles que podem ser socorridos, e que já quitaram as suas dívidas.
E aqueles que ainda possuem dívidas espirituais para acertar, ficam aguardando a ajuda de uma Pombagira Maria Padilha...
Também é preciso explicar que "Padilha" é um sobrenome que deriva do Latim e significa Fornalha ou Instrumento de Fornalha. Ou seja, elas são o Instrumento que remexe a Fornalha do Umbral.
Essa Maria Padilha viveu muitas vidas na Terra, mas transformou-se totalmente quando conheceu Jesus... Como se sentiu amada e acolhida no amor de Cristo, nunca mais deixou de servi-Lo! E por isso, cumpre a sua missão com amor abnegado.
Pra finalizar, preciso dizer que aprendi a respeitar essa Senhora... Ela me ensinou que "Pombagira" é um dos mistérios da Umbanda Sagrada, e que conhecemos muito pouco sobre o trabalho que elas realizam abnegadamente nas Regiões Umbralinas.
A Pombagira Maria Padilha das Sete Encruzilhadas é uma Rainha Coroada, Chefe de Falange e Líder Espiritual. A sua função é proteger... Mas, a sua maior missão é guardar!

*Aqui, ela me pediu para esclarecer que, quando fala de Jesus e de Maria, ela fala de sua vida anterior à vida em Roma... Nessa vida anterior, ela viveu em Jerusalém e conheceu pessoalmente Jesus e Maria, bem como, todos os Apóstolos e demais pessoas importantes da História. Ela estava lá porque pertencia a Alta Nobreza da Corte Romana.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

O Mundo dos Encantados!

"Nas matas da Jurema houve um tiroteio,
Nas matas da Jurema, houve um tiroteio...
Ei Juremê, ei Juremá! O Pai das Matas mandou lhe chamar!"

A Encantaria ou Terecô é uma forma de Pajelança Afro-ameríndio, uma prática diferente do Culto Umbandista. Ela surgiu em alguns Estados brasileiros do Norte, como o Amazonas; e do Nordeste, como: Piauí, Maranhão e Pará.
Na Encantaria as Entidades não morreram, eles se "encantaram"; ou seja, se transformaram em Seres da Natureza. Como exemplo podemos citar: Sereias, Tritões, Botos, Sacis, Curupiras, etc.
Na Encantaria temos as seguintes Famílias: do Lençol, da Turquia,  da Bandeira, da Gama, de Codó, da Bahia, do Juncal, dos Botos, dos Marinheiros, Surrupira, entre outras... Dessa forma, as Entidades estão agrupados em Famílias e possuem nome e sobrenome. Eles geralmente sabem contar a sua história de quando viveram na Terra antes de se "encantarem"...
Diferentemente da Umbanda, na qual as Entidades são Espíritos de índios, escravos, crianças, etc, e que hoje trabalham dentro de uma Linha de atuação. Com o surgimento da Umbanda e com sua expansão por todo o Brasil, muitos "Encantados" passaram a fazer parte de algumas Falanges de Trabalhadores e começaram a se apresentar nos Terreiros de todo o Brasil.
O Caboclo Sete Encruzilhadas já havia frisado que a Umbanda aceita a todos que queiram trabalhar e evoluir na Lei Maior do Amor e da Caridade. Assim, passamos a ter na Umbanda: o Povo das Matas, o Povo das Águas, etc.
No Povo das Matas, temos alguns Encantados bem conhecidos trabalhando, como: Jurema, Sultão das Matas, Chefe das Matas, Sacizinho, entre outros... E junto ao Povo das Águas temos a atuação de alguns Marinheiros, de Tritões e de Sereias.
Como a Umbanda tornou-se bastante ampla e difundida, ela congregou muitas crenças e Entidades... Por isso, alguns Encantados passaram a fazer parte do Panteão Umbandista.

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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

"A Umbanda está semeando e produzindo novos frutos."

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A Umbanda Sagrada possui, hoje em dia, milhares de trabalhadores espalhados pelo Brasil e pelo Mundo afora... Cada trabalhador participa de uma "Casa" com particularidades e atribuições próprias.
Por exemplo: algumas mais "Kardecistas" ou de Mesa Branca; algumas mais Candomblecistas ou de Umbandomblé; algumas trabalhando com a força das magias cruzadas, como a Kimbanda (Quimbanda); e algumas, ainda, mais ecléticas e universalistas, como as Tendas Orientais.
Cada uma dessas Casas possui uma forma particular de conduzir a cerimônia; mas, os traços principais permanecem... Por isso, quando chegamos em uma Tenda, Centro ou Templo de Umbanda, sabemos que é de Umbanda.
A Umbanda tem esse privilégio: o de agregar! O maior mistério da Umbanda é que ela agrega a todos: de múltiplas raças, de todos os credos ou de diversas pluralidades. E foi isso o que o Caboclo das Sete Encruzilhadas ensinou: como servir ao próximo sem distinção de raça, de cor ou de credo.
Quando vivenciamos nossa fé, entendemos o propósito maior de cada Crença e de cada caminho. Pois, cada um possui um jeito próprio de caminhar... Por isso, devemos parar de nos agredir e de discutir... Devemos apenas viver a Religião!
Quando vivemos a Umbanda verdadeiramente, observamos melhor nossos Mentores e aprendemos com Eles. Aprendemos a ter paciência com os Pretos-velhos; aprendemos o valor da persistência com os Caboclos; exercitamos a humildade durante nossos trabalhos e aceitamos a multiplicidade através das Linhas da nossa Umbanda.
A Umbanda aceita qualquer um que queira, verdadeiramente, servir ao próximo com amor e dedicação. É isso que os Santos e as Entidades variadas representam dentro do Culto da Umbanda: ecumenismo.
O ecumenismo é uma ação conjunta em favor do bem comum e em benefício de todos. Ou seja, todos ficam bem e todos se beneficiam!
Umbanda em Paz é isso: semear boas ações, dar bons exemplos e oferecer conhecimento.

"Se espalhamos sementes de flores, mesmo na tempestade, elas florescerão..."
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terça-feira, 15 de novembro de 2011

A aprendizagem na Umbanda.

"A Umbanda cheira rosa, a Umbanda cheira guiné,
A Umbanda cheira rosa, a Umbanda cheira guiné,
Cheira cravo e cheira rosa, cheira flor de laranjeira...
 Cheira cravo e cheira rosa, cheira flor de laranjeira..."

A Umbanda veio com a missão de integrar a diversidade; toda essa diversidade que existe em nosso país e no nosso dia a dia. Convivemos com a multiplicidade de opiniões, ideais e aptidões. Toda essa "pluralidade" gerou a Umbanda... Por isso, fazer parte da Umbanda é reconhecer que somos seres múltiplos. E que na variedade sempre aprendemos alguma coisa... Por exemplo:
- Com os "Cosminhos" aprendemos a alegria e a pureza;
- Com os "Baianos" aprendemos a simpatia e a simplicidade;
- Com os "Exus e Pombagiras" aprendemos a esperteza e o mistério;
- Com os "Pretos-Velhos" aprendemos a paciência e a tranquilidade;
- Com os "Caboclos" aprendemos a responsabilidade e a firmeza;
- Com os "Ciganos" aprendemos o amor e a espontaneidade;
- Com os "Orientais" aprendemos a cordialidade e a humildade...
Na Umbanda quem trabalha e quem é atendido aprende um pouco de cada vez. Os mensageiros ensinam através de gestos, palavras e ações. E o médium, ao observar, vai apreendendo e se aprimorando, melhorando, assim, seu caráter e sua índole. Enfim, cada Falangeiro nos ensina algo sobre nós mesmos, sobre nossa conduta e sobre a vida.
Muitas pessoas desistem da Umbanda porque ela age lentamente e as pessoas não têm paciência de esperar... As suas ações se constroem aos poucos e existem aqueles que querem ações imediatas.
Quem procura a Umbanda para trabalhos diversos, como: amarração, vingança, etc... não procura a UMBANDA, procura a magia negra, porque a Umbanda pratica a Magia Branca, da paz e do amor.
A Umbanda pode auxiliar a desenrolar uma situação através da oração, dos pontos e do atendimento; mas, jamais fazendo uso das "mandingas" para prejudicar o próximo. Quem conhece a Umbanda e sabe seu real significado, fará uso de sua Lei, apenas, para beneficiar o próximo.
Em cada atendimento que realiza o médium cura e é curado, ensina e aprende, doa e recebe, beneficia e é beneficiado... É assim que trabalha a verdadeira Umbanda!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O desenvolvimento mediúnico na Umbanda...

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Toda religião possui um começo, mas evolui por conta própria. Portanto, é impossível "segurar" a evolução de uma religião.
O mesmo acontece com a Umbanda. Hoje, ela cresceu, evoluiu e tornou-se amplamente divulgada. Existem divergências entre seus pesquisadores, bem como, diferenças ritualísticas visíveis nas Casas de Culto. Mas, devemos levar em consideração o que os mais antigos dizem: "Religião não se discute, se vivencia"!
Para se desenvolver na Umbanda, se faz necessário ler a história da Umbanda. Afinal, conhecer é entender. Depois, se faz necessário assumir o compromisso de ser Umbandista. Em seguida, é preciso dedicação, estudo e participação nos trabalhos de uma Casa (Templo, Tenda ou Terreiro).
Desenvolvimento na Umbanda se faz aos poucos, gradativamente, com banhos de ervas (boris e amacis), com aprendizagem e com humildade nos atendimentos. Por isso, médium de Umbanda não começa a atender imediatamente após sua entrada na Tenda, por mais que ele incorpore... Ele começa a assistir, para compreender e aos poucos vai assimilando seu aprendizado e entrando em sintonia com a Casa.
Como cada Casa possui suas particularidades, é necessário ao médium se adequar ao sistema de regras da Casa na qual participa. Não adianta o médium "pular de casa em casa" achando que assim se tornará mais sábio que os demais, porque viu muita coisa diferente! Ele pode visitar outras casas e aprender com as diferenças, mas sempre respeitando a sua raiz (origem), a mão que o iniciou (primeira feitura) e o Dirigente Espiritual da sua Casa.
Se, por acaso, o médium não se sente adequado a participar de determinada Casa, deve conversar com o Dirigente Espiritual do local e informar seu afastamento e sua mudança para outra Casa.
Aqui ressalto algo muito importante: de nada adianta um médium frequentar inúmeras Casas para se intitular "Chefe de Terreiro", se nunca passou pelos processos de feitura. Mentiras não combinam com o termo UMBANDA!
Muitos médiuns, ao descobrirem que possuem missão de incorporação (psicofonia) dentro da Umbanda, sentem-se inseguros... Eles preferem frequentar outras crenças porque serão menos "expostos".
Cumprir missão mediúnica é difícil, é verdade... Existem os percalços e os testes do caminho. E todos os médiuns que trabalham na Lei e na Ordem Universal sabem disso. Mas, é necessário persistir na tarefa assumida, para seguir sua jornada evolutiva.
Participar de um Culto Umbandista não exige filiação, pois os Terreiros são abertos ao público em geral. A Filiação é exigida para aqueles que pretendem comandar uma Casa de Culto Umbandista, em qualquer uma de suas modalidades: Mesa Branca, Umbandomblé, Omolocô, etc.
Enfim, ser médium umbandista é ser exemplo. É estar atento ao que lhe cerca, sem corromper sua conduta e seu propósito de vida.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A força de um Ponto Riscado e de um Ponto Cantado.


Cada Casa possui suas particularidades ao abrir um Trabalho de Umbanda. Porém, em todos os Templos, sempre que se abre um trabalho, risca-se o Ponto para a firmeza do Trabalho, firma-se o Anjo de Guarda e cantam-se os Pontos de Abertura.

A ordem pode alterar de uma Tenda a outra... Em algumas, o Médium acende a vela para o seu Anjo de Guarda, bate seu Camatulê e entra na Corrente Mediúnica para o início dos Trabalhos. Em outras, o próprio Dirigente firma as velas e os Pontos Riscados, enquanto os Médiuns cantam os Pontos.
Numa abertura, os "Cambonos" defumam a todos os presentes, enquanto o Chefe do Terreiro ou o Atabaqueiro puxa o canto dos Pontos de cada Entidade, que deve incorporar e trabalhar durante a sessão.
Nesse processo, durante a abertura do Trabalho, a fluidificação e a energização do local já está ocorrendo... É nesse momento que a Limpeza Espiritual de todos os presentes começa... Por isso, a saudação dos Guias é tão necessária em um Trabalho de Umbanda.
Cantar o Ponto que representa o Orixá ou a Entidade que comanda o Trabalho do dia, energiza e equilibra a vibração dos Médiuns para o Passe Mediúnico, criando uma perfeita ligação entre o Guia Espiritual e o trabalhador.
O Ponto Riscado serve para purificar e fortalecer o local e a assistência. Por isso, se uma Entidade risca um Ponto durante um atendimento e nele coloca uma vela ou uma erva ou outro símbolo, ele está firmando a pessoa e emitindo uma ordem ao Plano Espiritual. Essa ordem pode ser para: quebrar uma demanda, alcançar um pedido, curar uma enfermidade ou solicitar auxílio.
Cantar ou riscar um Ponto ajuda na formação de ondas de energia, que atingirão a todos os presentes. Porque cada Ponto Riscado é um ponto de força que atua em determinada vibração.
Um Ponto Riscado utiliza determinados símbolos que indicam a Linha na qual a Falange atua. Cada símbolo possui um propósito dentro do Ponto Riscado e a posição do símbolo indica a atuação da Linha naquele momento.
Uma simples flecha pode apontar para inúmeras posições. Afinal, são 360 divisões (360º) dentro do círculo! E isso altera toda a energia do Ponto Riscado... Por exemplo: uma flecha apontando para o Alto firma Oxalá... Uma flecha apontando para baixo, firma Exu.
Além do que, existem os Pontos Complementares. Cada Ponto Complementar, muda totalmente o sentido (significado) do Ponto Riscado... Pois, ele acrescenta um novo Símbolo ao Ponto já existente, indicando o fortalecimento da Linha de Atuação.
Por isso, não há como responder um comentário que diz: por favor, como é o ponto riscado de "fulano de tal" ou de "sicrano"? Impossível... Pois, cada Guia Mensageiro possui seu próprio Ponto Riscado, simplesmente, porque ele é único.
Portanto, jamais deve-se cantar ou riscar Pontos por brincadeira, pois eles atuam na ligação do Médium com seu Guia Protetor. Um Ponto Riscado ou Cantado de forma equivocada, pode atuar ao contrário do que se espera e afastar o Mensageiro, em vez de aproximá-lo...
O Plano Espiritual sempre respeita a Lei do Livre Arbítrio e se o médium pede o afastamento de seu Protetor, ele respeita e se afasta. É como aquele ditado: "Cuidado com o que você pede, que você pode conseguir..."
Por isso, devemos ter respeito pela força de um Ponto Riscado e de um Ponto Cantado, pois eles atuam no chamamento, no direcionamento e no condicionamento do Guia, do Mensageiro ou do Mentor.

Como exemplo segue o ponto cantado da Cigana Claudia de nossa Seara:
"Cigana vem do Oriente, vem aqui pra trabalhar...
Traz na mão uma estrela cadente e sua sorte vai contar... (2X)
Cigana vem e lê a mão, conte as coisas do coração.
Você pode me ajudar a vitória alcançar?"

O Pai Zé de Aruanda quando vem em nosso terreiro canta assim:
"Nego Cambinda trabalha em Nagô.
Trabalha nas ordens de Nosso Senhor.
Nego Cambinda trabalha com amor...
Servindo a Umbanda com sua cor."