terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Cigano Ygor

O Protetor dos Mistérios Ciganos.

"Como já foi relatado a vocês, eu sou irmão da Cigana Claudia e cunhado do Cigano Juan Pablo. Na vida em que vivemos juntos, estávamos sempre fugindo das Guerras na Europa ou escondidos das armadilhas da Inquisição.
Como vocês já conhecem essa história, relatarei outra vida, em que também fui Cigano, porém, em outro Continente... Nessa vida eu nasci Turco, sob a Regência do Império Otomano. Eu vivia entre as fronteiras da Península Arábica, viajando entre um país e outro.
Era o ano de 1423 e eu fazia parte da Frente de Batalha do Exército Imperial. Como minha família pertencia à uma Linhagem de Guerreiros, todos nós devíamos servir ao nosso propósito sem questionar!
Porém, nem tudo são flores nessa vida... E eu me apaixonei por uma das preferidas do Sultão. Acredito que vocês não sabem o que é um harém de verdade e como funciona a Lei dentro dele. Uma preferida ou escolhida é uma serva da Casa Real e jamais deverá ser tocada por outro homem, a não ser que lhe seja ordenado pelo próprio Sultão.
Da mesma forma que eu me apaixonei por aquela que deveria conduzir ao Paço Real, ela também me observou com outros olhos. Não pude evitar a atração que senti e me entreguei a esse amor... Durante dias vivemos um para o outro. Mas, chegou o dia em que teria que entregá-la ao Sultão.
Meu coração estava despeçado, porque esse destino me afastaria para sempre de minha amada. Ela também corria risco de vida, porque se fosse descoberta a sua traição, seu fim era o fio da espada.
Em nossa terra temos técnicas bastante eficientes para descobrir se uma moça dormiu com outro homem... Por isso, era certo que ela seria descoberta! Para não entregá-la ao Sultão, decidimos fugir para as Planícies da Anatólia.
Mas, um Sultão jamais descansa sem ter em suas mãos seu precioso bem, conforme foi adquirido... Então, nossas cabeças foram colocadas à prêmio e caçadores de recompensa saíram em nosso encalço.
Conseguimos nos manter escondidos por três anos. E nosso amor foi o mais puro de todos nesse período!
Quando pensamos que estávamos, enfim, seguros e esquecidos, fomos capturados e levados a presença do Sultanato. Fomos encarcerados e maltratados durante três dias. Essa prática servia para expurgar nossos delitos, para que tivéssemos um destino menos doloroso, segundo nossa crença.
Por fim, ao final do terceiro dia, ambos fomos degolados a fio de espada, em Praça Pública. Assim, servimos de exemplo aos que tentassem enganar o Sultão.
Meio século após minha morte, reencarnei na Itália em meio ao Povo Rum, durante um de nossos acampamentos... Como 'Gitano' vivi todos os perigos e todas as alegrias da Hegemonia Cigana.
De minha amada, fiquei sabendo que já estava reencarnada, em uma terra distante chamada Brasil. Ela havia nascido como uma índia tupi-guarani.
Hoje, nós dois trabalhamos na Seara Umbandista. Ela como Cabocla. Eu como Cigano. Nosso amor pertence ao Cosmos. Nos dedicamos ao trabalho humanitário como forma de auxiliar àqueles que sofrem dos mais variados desatinos."

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sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

"Nossas ações determinam nossa evolução."


Muitos médiuns brincam com o conhecimento que recebem, como quem brinca com fogo. Eles ignoram totalmente todos os ensinamentos e todos os preceitos umbandistas. Alguns até pensam que se tornaram "deuses" e que deixaram de ser humanos.
Viver na Terra é entender que estamos cercados por diversas provações. Médium ou não, qualquer um deve honrar seu compromisso com a vida. Afinal, estamos encarnados e sujeitos às Leis que regem nosso Planeta... Jamais devemos nos esquecer disso!
Quando Zélio de Moraes iniciou a Umbanda, ele vinculou as datas comemorativas ao calendário Judaico-cristão das datas dos Santos. Ao mesmo tempo em que utilizou o sincretismo dos Orixás com os Santos, ele também se preocupou com o Espiritismo e com as demais crenças.
Zélio demonstrou que a principal diferença entre uma comemoração na Umbanda e uma comemoração padrão está, principalmente, na tolerância religiosa. Ele decidiu reunir as pessoas sob um único propósito: o amor incondicional.
De fato, havia muita concorrência entre Kardecismo, Catolicismo e Candomblé. As três religiões cristãs dividiam opiniões e seguidores; enquanto esqueciam do maior ensinamento de Cristo: "Amai-vos uns aos outros!"
Quando a Umbanda se firmou como religião, procurou ressaltar a importância da confraternização entre todos. A irmandade na Umbanda deve ser o propósito maior de todo umbandista. Por isso, a Umbanda possui reuniões periódicas e datas festivas constantes.
Nós umbandistas não podemos e não devemos, em hipótese alguma, discriminar, julgar ou padronizar... Todo umbandista deve manter uma postura digna, compenetrada e exemplar junto a Sociedade, para ressaltar o compromisso do trabalho assumido.
A Umbanda representa a aceitação de todas as raças, de todas as crenças e de todas as aparências. E o umbandista é a ferramenta utilizada para espalhar e "espelhar" essa ideologia.