quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

O Blog "Umbanda em Paz" e a minha História...


Iniciamos nossa Jornada na Umbanda Sagrada no ano de 1990... Eu tinha 17 anos na época. Desde criança eu via gente morta, ouvia vozes, enxergava coisas de outro mundo, etc. Mas, foi apenas com essa idade, que pude correr atrás de respostas.
Eu morava em uma cidade muito pequena e meus pais eram extremamente rigorosos. Então, quando saí de casa para trabalhar e continuar meus estudos, pude explorar tudo o que eu queria! Foi assim que comecei a buscar entendimento espiritual...
Foi nessa época que frequentei vários lugares diferentes, de todo o tipo e qualidade... Por isso, não julgo quem faz isso, porque eu também o fiz! Porém, nunca, jamais, falei qualquer coisa de qualquer lugar que eu frequentei...
Segui meu caminho até me encontrar em Cachoeira da Bahia, sob os cuidados de Guayacu Luiza (que Deus a tenha!)... Já escrevi em outra Postagem que eu tive duas mães de Santa Bárbara (Oyá): a tia Carmem, como ela gostava de ser chamada, e Gayacu Luiza. Coincidência ou não, Yansã me protegeu em minha jornada.
Depois disso, precisei ir até a Federação passar por testes até receber a Diplomação. Mas, isso não era suficiente, pois eu precisava registrar o nome escolhido para a Casa... Com isso, há mais de vinte anos atrás, surgiu o nome "Umbanda em Paz", ligado ao Terreiro de Umbanda Caboclo Cobra Coral.
No começo, iniciamos um trabalho simbólico, pequenininho, sem grandes pretensões... Depois, a pedido de nossos Mentores e Guias Espirituais fizemos esse Blog, com o intuito de transcrever as Histórias das Entidades que desejavam se comunicar...
O Blog começou modesto e ficamos felizes de compartilhar todos os textos, narrativas e conteúdos abertamente. Queríamos que todas as pessoas tivessem acesso ao conhecimento. Queríamos mostrar que as Religiões Ameríndias e Afrodescendentes, nesse caso a Umbanda, são merecedoras de respeito!
Como nossas postagens estavam disponíveis ao público, nunca nos importamos que alguém entrasse "copiasse e colasse". Por isso, somos vítimas de Plágio há muito tempo! Mas, então, por que nos ofendemos tanto dessa vez? Porque a pessoa está usando nossas postagens para adquirir fama e lucrar com isso...
Nós sempre trabalhamos na caridade. Nunca cobramos por um serviço sequer... Sempre respondemos aos e-mails com a maior boa vontade, sem exigir nada em troca. Vocês jamais verão nosso nome ligado a qualquer situação que envolva cobrança. Também não vinculamos nosso Site ou Rede Social à propagandas, porque foi um pedido do Caboclo Cobra Coral, o Mentor dessa Seara.
Então, qual não foi nossa surpresa ao perceber que uma pessoa no Instagram plagiou 55 postagens nossas e assumiu a sua autoria, usando-as para angariar seguidores e curtidas!
Nos comentários do Instagram, da pessoa que nos plagiou, um dos comentários referente à Postagem da Pombagira Maria Mulambo das Almas, a pessoa pergunta: essa data procede? Essa pessoa não soube responder ao comentário... Porque a Postagem não é dela!
Tentamos denunciar, mais de uma vez... Mas, o Instagram nos boicota toda vez que tentamos enviar a denúncia alegando que o e-mail está incorreto... Ou seja, o e-mail com o qual nos inscrevemos e que usamos há quase 20 anos está incorreto?
Sabe por que o Instagram faz isso? Porque a pessoa tem mais de 30 mil seguidores no Instagram e nós temos menos de um mil...
Foi por causa de pessoas assim que nós abrimos uma conta no Instagram: para evitar o uso indevido e indiscriminado dos textos e das postagens.
Mas, por que não veiculamos as postagens ao Instagram? Porque a maioria dos plágios muda o teor do conteúdo, ou o título, ou a imagem escolhida... Ou seja, ele sofre adulteração. Então, para evitar esse problema, deixamos de postar os conteúdos no Instagram.
Por conta disso, dificilmente você encontrará nossas postagens no Instagram... Elas estão disponíveis aqui no Blog, no Twitter e no Pinterest.
Enfim, pra finalizar, quero dizer que a pessoa que comete esse crime não me ofende, de forma alguma... Nem tampouco me prejudica! No entanto, ela ofende o Orixá da Casa, o Mentor do Terreiro, os Guias Espirituais e todo o Povo que nos contou a sua História.
Então, creio eu, isso terá um custo para ela... Que provavelmente, não será cobrado aqui nesse Plano Existencial, mas será exigido uma reparação na Justa Medida das Leis Cósmicas, Divinas e Universais.

*Aqui quero acrescentar uma observação final: essa história conta parte de minha jornada e tudo o que enfrento, até os dias de hoje, para cumprir minha missão de vida.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Plágio é Crime!!!


Infelizmente, essa postagem foge de nossos padrões... Mas, estamos cansados de ver gente adquirindo fama em cima de nossos Posts. E ainda por cima, sem citar a fonte ou o nome do Blog Umbanda em Paz.
Quem faz isso tem muito desamor no coração, pois está desrespeitando o Médium que incorporou o Espírito-Guia e narrou toda a História, bem como, o próprio Guia Espiritual e o Médium que escutou e transcreveu a Narrativa.
Quando recebemos uma história dos Guias, dos Mentores ou dos Mensageiros e fazemos a transcrição para o Blog, se faz necessário saber que, antes disso, houve todo um trabalho, que ocorre da seguinte maneira:
- O Guia incorporado comunica o médium assistente que quer contar sua história;
- Os dois médiuns entram em conversação e anotação (o médium incorporado e o médium escritor);
- Depois disso, a história é revisada, corrigida e publicada;
- Os nomes, as datas e o local da escritura são preservados... Ou seja, a história (narrativa) é publicada, mas existe o registro da narrativa, com todos os dados completos: data, local, médiuns, etc.
- Algumas histórias (narrativas) funcionam como a Psicografia, onde o próprio médium incorporado registra a História do Espírito-Guia...
Dessa forma, quem lê a narrativa pronta, não sabe todo o trabalho que houve por trás da história que foi relatada, até a sua publicação.
Ou seja, a pessoa não sabe que existe um registro em cima de todo o trabalho. Quer dizer, existem provas que comprovam todo o processo de fabricação do material. E essas provas podem ser usadas judicialmente.
O que acontece é que não queremos ir a um Tribunal entrar numa briga interminável, expor os médiuns, expor os Espíritos-Guias e expor toda a Casa porque uma pessoa não teve a Empatia necessária com todo o processo.
Quando uma pessoa faz isso, sabemos que ela vai pagar no Tribunal da Justiça Cósmica, porque é assim que funciona... Mas, e quando um Site ou um Blog que representa uma Casa inteira, ou seja, uma Roça, um Terreiro ou um Templo faz isso...?! É triste e decepcionante!
Em nosso Blog, todas as Narrativas respeitam o pedido do Espírito-Guia... Mesmo que ao ler, a pessoa não entenda algumas datas ou colocações, nós temos como comprovar o fato ocorrido e o registro de tudo. Por isso, nós sabemos de todos os detalhes de cada publicação.
Os Guias Espirituais que nos procuraram através de seus Médiuns, com o intuito de contar a sua História de Vida, merecem todo o respeito... E merecem que a sua História seja repassada como Eles gostariam que ela realmente fosse repassada.
Quando uma pessoa ou uma Associação plageia o conteúdo de outro, está demonstrando desrespeito com o Médium que buscou honrar o que a Entidade lhe pediu... 
Copiar e colar o conteúdo de alguém, sem citar a sua verdadeira autoria é crime! Ou seja, essas pessoas são criminosas! E é muito triste ver umbandistas agindo de má fé, contra outros umbandistas!
As Postagens que são Narrativas pertencem à marca Umbanda em Paz® e, por isso, são registradas... As demais Postagens, que são autorais, possuem registro do próprio autor. E as Postagens que citam Fontes Bibliográficas possuem a citação do Autor, do Site ou do Livro, de onde foram extraídas.
Portanto, gente que gosta de vir aqui e copiar nossos textos, tenha a honradez de citar que você retirou o texto daqui. Tenha decência, por favor...

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Livro da USP mergulha na presença banto na história, cultura, língua e religião.


Menosprezada pela história, herança banto é um pilar central da formação do Brasil...

Corcunda, leque, samba, marimbondo, moleque, carimbo, cachimbo. Algumas palavras que usamos no nosso dia a dia escondem traços e fonemas de uma herança africana historicamente menosprezada pelo meio acadêmico: a cultura banto. Para além das trocas linguísticas, a herança banto pode ser percebida nas manifestações culturais, religiosas e políticas no Brasil, do século 16 até os dias atuais.
A presença das culturas banto na formação do Brasil são discutidas ao longo dos 22 capítulos que compõem o livro Através das águas: os bantu na formação do Brasil, publicado em dezembro de 2023 e disponível gratuitamente no Portal de Livros Abertos da USP. A obra é organizada por Vagner Gonçalves da Silva, professor do Departamento de Antropologia da USP, Rosenilton Silva de Oliveira, professor da Faculdade de Educação (FE) da USP, José Pedro da Silva Neto, doutorando em Antropologia Social, e Tata Katuvanjesi, jornalista e liderança do terreiro de candomblé banto Inzo Tumbansi, e reúne artigos de pesquisadores como o antropólogo Kabengele Munanga e a linguista Yeda Pessoa de Castro.
"A coletânea buscou fazer esse contato nacional e internacional, não só com acadêmicos, mas também com lideranças tradicionais de vários lugares", explica José Pedro da Silva Neto, um dos organizadores. Colaboradores como o pesquisador congolês Bunseki Fu Kiaue a antropóloga portuguesa Clara Saraiva contribuem para uma visão ampla e internacional da herança banto, articulando Brasil, Cuba e Portugal nas redes históricas que envolvem os povos da África Central. Através das águas faz parte da coleção Viramundo, da Faculdade de Educação da USP, e compõe a série Diálogos da Diáspora, publicada pela Hucitec, editora que vende uma versão impressa da obra.

Através das águas: da África para o Brasil

O termo "banto" designa de forma abrangente uma gama de povos e culturas da África Central. A denominação surge a partir do grupo linguístico banto, que inclui diversas línguas africanas com determinadas características comuns - entre elas, o uso da palavra bantu para designar "pessoas". O grupo linguístico engloba mais de 400 línguas, como o suaíle e o zulu, dispersas no Camarões, Gabão, Congo, República Democrática do Congo, Uganda, Quênia, Tanzânia, Moçambique, Malauí, Zâmbia, Angola, Namíbia, Botsuana, Zimbábue, Suazilândia, Lesoto e África do Sul. 
Entre 1580 e 1850, cerca de 75% dos africanos escravizados levados para o Brasil eram bantos, dos quais a maioria advinha da Angola e República Democrática do Congo, e posteriormente, de Moçambique. Além de serem os primeiros africanos a desembarcar no Brasil, os bantos também foram os primeiros exemplos de resistência, a partir da reconstrução, em solo brasileiro, do modelo africano do quilombo.
Fundamental para a construção do Brasil e para o movimento abolicionista, a cultura banto reverbera até hoje no português brasileiro, tanto nas palavras como na entonação e na sintaxe. No campo religioso, o candomblé banto e o catolicismo negro marcaram não só a cultura brasileira dos últimos séculos, mas também a resistência negra no país. "Os terreiros de matriz banto garantiram a presença dessas 'cosmodinâmicas' banto no Brasil", explica Vagner. A capoeira e o jongo também são destacados no livro em meio a uma gama de heranças banto na cultura brasileira, que inclui o maracatu e a congada.
"Os bantos foram a base da constituição da cultura nacional", sintetiza o docente. Uma mudança no fluxo migratório durante o século 17, contudo, condenou os bantos às margens do meio acadêmico, condição questionada ao longo dos 22 artigos presentes em Através das águas.

Mudança na maré

Outro grupo africano ganhou relevância no final do século 17. Os sudaneses, termo que engloba os iorubás, os haussás e os jejes, povos da África Ocidental, foram trazidos para o Brasil em grandes contingentes nos séculos 18 e 19, em um processo que culminou no esquecimento da cultura banto.
"Houve uma desqualificação dos bantos nas literaturas antropológica e historiográfica, e eles passaram a ser vistos como menos evoluídos, se comparados aos povos da África Ocidental", explica Vagner Silva, ressaltando que pesquisadores da época, como Nina Rodrigues e Arthur Ramos, consideravam a cultura banto "rudimentar". 
Além da falsa hierarquia que condenava a tradição banto, esses povos também foram menosprezados pela academia por estarem muito inseridos na cultura local. "A cultura banto já estava tão presente na cultura brasileira que ela não era tão contrastiva, o que dificultava os estudos", aponta o professor, complementando que o livro buscou reverter essa ideia de inferioridade banto ao mostrar sua forte presença no Brasil.

Para além da academia

A valorização da cultura banto no Brasil passa pela educação e pela formação de professores, segundo Rosenilton. Por isso, a quinta parte do livro Através das águas é dedicada à educação antirracista. "Tentamos mostrar como podemos produzir uma pedagogia antirracista, a partir da presença das culturas de matriz africana em geral, e banto especificamente, nos currículos escolares", explica o docente da FE, defendendo a importância de se ensinar História da África a partir de uma perspectiva múltipla. "No meu artigo, faço uma reflexão sobre os desafios da transposição didática; ou seja, como os saberes desenvolvidos nos cursos de graduação são traduzidos em ações didáticas em sala de aula, na educação básica", conta.
"Através das águas ajuda a gente a sair desse lugar-comum de pensar uma África única", afirma Rosenilton, acrescentando a importância de se compreender a multiplicidade de matrizes africanas presentes no Brasil. Segundo Vagner, o livro também convida a repensar as narrativas oficiais, que frequentemente colocam as culturas africanas como culturas sem agência, puramente dominadas. "Os povos africanos bantos eram sujeitos da sua própria história, não apenas vítimas colonizadas e dominadas", finaliza.


*Esse texto foi extraído do Portal "Jornal da USP" e transcrito ipsis litteris.
**No Portal da USP está disponível (gratuitamente) o Livro: Através das águas: os Bantu na formação do Brasil.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

FASES DA LUA


Ciclo Lunar ou Lunação é o intervalo de tempo entre as Luas Novas de um mês e outro. Um Ciclo dura em média 29,5 dias, ou seja, 29 dias e meio. Durante esse período, a Lua passa por Quatro Fases (Nova, Crescente, Cheia e Minguante). Cada Fase dura em torno de sete dias para se completar...
O movimento da Lua em torno da Terra é chamado de Revolução e dura aproximadamente 28 dias. Ele ocorre 13 vezes ao ano; assim como a Rotação, que é o movimento da Terra em torno de si mesma. O período de 28 dias, em que a Lua gira ao redor da Terra e ao redor de si mesma, se chama Mês Lunar.
Durante os Movimentos de Revolução, Rotação e Translação, a Terra pode se posicionar entre a Lua e o Sol, ocasionando as Fases da Lua conhecidas como "Quarto Lunar" - que é quando a Terra cobre parcialmente a Luz Solar. Dependendo o posicionamento do Eixo Terrestre, temos o Quarto Minguante ou o Quarto Crescente.
Chama-se 1/4 Lunar ou Quarto Lunar, porque nós visualizamos apenas um quarto da Lua aqui da Terra, já que a outra face está do outro lado. A outra face (aquela que nós não vemos) representa dois quartos da Lua, ou a metade da Lua. Então, sobram outros dois quartos, sendo apenas "Um Quarto da Lua" visível para nós, durante as Fases Minguante ou Crescente.
Quando a Terra se posiciona entre a Lua e o Sol em linha reta, a Luz Solar não incide sobre a Lua e esta fica totalmente obscurecida. Temos, nesse caso, a Lua Minguante. Ou seja, temos uma Lua sem incidência de Luz Solar. Já a Lua Cheia representa a completa incidência dos Raios Solares sobre a superfície Lunar.
Por isso, cada Fase da Lua representa o período em que a Terra encobre (impede) o Reflexo da Luz Solar sobre a Face da Lua. Esses movimentos de Translação, Rotação e Revolução ocorrem simultaneamente e interferem em todos os Ciclos da Terra. Quer dizer, desde a elevação das Marés nos Oceanos, até o contínuo Ciclo das Águas em todo o Planeta... A Lunação interfere também no Desenvolvimento das Plantas, na Vida dos Animais e em todos os Acontecimentos Planetários.
O Período do Ciclo Lunar interfere também numa Feitura e, portanto, no Desenvolvimento Mediúnico do Filho de Santo... Por isso, para se realizar um Processo Completo, deve-se observar as Fases da Lua. Pois, cada Orixá, Vodun ou Inquice, possui um Período Lunar mais favorável ao seu Domínio de Axé. 
Até mesmo para oferendar um Ebó ou para realizar uma Limpeza ou para fazer uma Firmeza, é muito importante prestar atenção ao Ciclo Lunar. Afinal, se tudo der errado, tem que se esperar até a próxima Lunação! Ou, como dizem os Guias Espirituais: "...Só na próxima Lua, meu Filho!"

*O Período de Lunação é calculado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).