segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Cabocla Jandaia

Jandaia nasceu e viveu por toda a sua vida na Sibéria, entre os povos nômades Koryak (Coriacos). Era o século XIV e a Sibéria ainda era um país livre com costumes ancestrais, passados de geração em geração.
Em sua tribo, os mortos não eram enterrados, eram dissecados, pois o frio e as geleiras impediam o funeral. Alimentavam-se de renas e utilizavam os cães huskies cães para puxar os trenós no gelo.
Os Koryak possuíam vários costumes similares aos Xamanismo; como a crença em várias deidades, a preservação da natureza, o respeito ao sagrado, a pajelança, entre outros.
Assim como os búfalos representavam um importante papel para os indígenas norte-americanos, as renas representavam a sobrevivência de todo o Povo Koryak.
Os homens de sua tribo eram guerreiros natos, que sabiam manejar o machado nas lutas, domesticavam os huskies e apaziguavam as renas.
As mulheres eram artesãs, cozinheiras e ligadas ao misticismo. Confeccionavam amuletos, benziam contra os males espirituais e sabiam cozinhar poções que fortaleciam os homens nas lutas diárias.
Quando as meninas tornavam-se moças, podiam se casar. Os meninos, ao se tornarem rapazes, podiam viajar, caçar e aprender os demais costumes da tribo. Após o casamento, os jovens podiam escolher viver com a família da moça ou do rapaz, dividindo o acampamento.
Era costume entre alguns povos nômades da Sibéria, o consumo do chá de amanita buscaria, um cogumelo nativo que podia curar os males do corpo e da alma.
Jandaia aprendeu e seguiu todos os costumes de seu povo e com dezesseis anos casou-se com um jovem da tribo. Os dois escolheram viver no acampamento dos pais do rapaz, por serem mais idosos, auxiliando-os em todos os afazeres cotidianos.
Durante uma nevasca que atingiu toda a Sibéria, muitas tribos passaram por dificuldades e sobreviveram graças ao preparo com as renas e ao chá da amanita.
Jandaia desencarnou, em consequência de uma forte febre, deixando dois filhos para continuar a Linhagem Koryak.

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