O Povo das Ruas está bem representado na Kimbanda (Quimbanda), mas eles também trabalham na Umbanda. A diferença está nas Leis que regem o trabalho de Esquerda na Umbanda e as Leis que comandam os Trabalhos de Kimbanda.
Se uma pessoa possui missão como "Povo das Ruas" precisa entender que toda Entidade de Rua é alguém que possui muita experiência de vida. Por isso, ele é reconhecido como alguém "da Rua".
Uma Entidade da Rua é uma Entidade que enfrentou inúmeros desafios enquanto esteve encarnado e, como espírito, entende a natureza humana.
Eles conhecem todos os mistérios do "em cima" e do "embaixo", pois já estiveram nos dois lados. Eles conhecem as Encruzilhadas, as Estradas, as Moradias Antigas, os Cultos Ancestrais, as Magias e os Encantamentos.
Eles conhecem e reconhecem a índole, o caráter e a personalidade de cada pessoa apenas pelo olhar; pois, são espíritos vividos, experientes e conscientes das mazelas humanas. Por isso, riem muito, falam alto e observam astutamente cada consulente.
Muitos pensam que essas Entidades estão brincando enquanto conversam mas, na verdade, estão trabalhando. Enquanto circundam os atendidos, eles estão desmanchando algum mal feito... Por isso, dançam muito, rebolam ou gargalham à vontade.
Um Guardião ou uma Guardiã, como o próprio nome diz, é alguém que "guarda", porque possui uma missão bastante específica. E uma Entidade que atua nas Ruas segue uma rotina bem diferente...
Outro ponto a ser esclarecido é que nem todo Exu e nem toda Pombagira é "das Ruas". E até a aparência fluídica e a própria vestimenta revelam isso... Alguns são do Cemitério, outros são do Cabaré, outros ainda, são das Encruzilhadas, etc.
Pra finalizar, precisamos esclarecer que essas Entidades atuam na esquerda como Exus e Pombagiras, mas nem sempre podem ser chamados de Guardiões ou Guardiãs.
Enfim, todo Exu e toda Pombagira que trabalha nas Falanges do Povo das Ruas, trabalha com a função de "andar", caminhar ou se deslocar em várias direções.