A Sereia dos Rios...
A Cabocla Yara (Iara) nasceu na Tribo dos Bororos, a beira do Rio Araguaia (Rio das Araras Vermelhas), no final do século XVII. Era uma exímia caçadora, tecelã e pintora.
Ela pertencia ao Clã dos Araés... Em sua Tribo os rituais eram praticados com extrema rigidez. Comemoravam as caçadas e as boas colheitas com festas diversas.
Essa índia de longos cabelos negros e olhos cor da terra, gostava de enfeitar-se para os rituais e ajudar suas irmãs nos ornamentos. Fabricava adereços com as penas coloridas das araras e sementes de árvores; depois prendia-os aos cabelos ou usava como brinco nas orelhas.
Ela ficava horas nadando ou navegando no rio e era como seu nome dizia: "Aquela que mora nas Águas".
Gostava de ouvir e contar as histórias dos ancestrais sobre o Mensageiro dos Rios - Boitatá; sobre Cairara - o Cacique Macaco; sobre Caipora - o Protetor dos Bichos; sobre Curupira - o Guardião das Matas; sobre Guaraci - o Sol; sobre Jaci - a Lua; sobre Rudá - o amor; e tantas outras histórias.
Um dia ouviu o cacique dizer: "Aicué curí uiocó, paraná-assú sui, peruaiana, quirimbaua piri pessuí" (Vai aparecer do rio maior, o maior e mais poderoso inimigo de vocês).
E ela viu um dia chegar o homem branco, montado em vistosos cavalos e alguns navegando em barcos diferentes.
Como sua tribo era organizada não foram conquistados pelo homem branco, apenas foram visitados, pois esse ainda não tinha interesse em suas terras.
Gostava de ouvir e contar as histórias dos ancestrais sobre o Mensageiro dos Rios - Boitatá; sobre Cairara - o Cacique Macaco; sobre Caipora - o Protetor dos Bichos; sobre Curupira - o Guardião das Matas; sobre Guaraci - o Sol; sobre Jaci - a Lua; sobre Rudá - o amor; e tantas outras histórias.
Um dia ouviu o cacique dizer: "Aicué curí uiocó, paraná-assú sui, peruaiana, quirimbaua piri pessuí" (Vai aparecer do rio maior, o maior e mais poderoso inimigo de vocês).
E ela viu um dia chegar o homem branco, montado em vistosos cavalos e alguns navegando em barcos diferentes.
Como sua tribo era organizada não foram conquistados pelo homem branco, apenas foram visitados, pois esse ainda não tinha interesse em suas terras.
Yara (Iara) morreu jovem... Ela desapareceu nas águas caudalosas do Rio Araguaia, em meio a uma cheia das águas.
Alguns diziam que ela se apaixonou por um estrangeiro e jogou-se ao rio por amor... Outros diziam que ela foi engolida pelo rio e virou uma sereia.
Tempos depois, muitos a viam durante a noite sentada na beira do rio penteando e enfeitando os cabelos e diziam que ela não era mais humana, era uma "encantada".
As mulheres da tribo começaram a lhe deixar objetos de adorno sobre as pedras da margem. Esses objetos desapareciam e as mulheres tinham seus pedidos realizados. E assim surgiu mais uma lenda...
Yara (Iara) passou a atuar dentro da Umbanda Sagrada como Guardiã dos Mistérios das Águas, auxiliando os médiuns na limpeza e na purificação das energias durante os trabalhos mediúnicos.
Alguns diziam que ela se apaixonou por um estrangeiro e jogou-se ao rio por amor... Outros diziam que ela foi engolida pelo rio e virou uma sereia.
Tempos depois, muitos a viam durante a noite sentada na beira do rio penteando e enfeitando os cabelos e diziam que ela não era mais humana, era uma "encantada".
As mulheres da tribo começaram a lhe deixar objetos de adorno sobre as pedras da margem. Esses objetos desapareciam e as mulheres tinham seus pedidos realizados. E assim surgiu mais uma lenda...
Yara (Iara) passou a atuar dentro da Umbanda Sagrada como Guardiã dos Mistérios das Águas, auxiliando os médiuns na limpeza e na purificação das energias durante os trabalhos mediúnicos.