quinta-feira, 13 de maio de 2021

A Umbanda me escolheu...



Toda pessoa que nasce com mediunidade, demora para entender o que deve fazer...
Quando a pessoa nasce em uma família que já trabalha seus dons mediúnicos, tudo pode parecer mais tranquilo... No entanto, da mesma forma que o médium em busca de desenvolvimento, o médium que "já nasce feito", também possui seus percalços.
Ou seja, desenvolvido ou desenvolvendo, dentro ou fora da Religião, trabalhar com a mediunidade, exige uma intensa disposição!
Existem inúmeras dúvidas, questionamentos, incertezas, ilusões e tropeços. Existe, ainda, o fato de ter que escolher e saber onde e como desenvolver... De que forma trabalhar? Por quanto tempo se dedicar? Participar (efetivamente) de uma Casa? Ou abrir uma Casa própria? Enfim...
O médium que nasce com a missão de dirigir uma Casa (Dirigente Espiritual), precisa conhecer tudo o que está relacionado ao Povo de Santo. Por isso, é imprescindível estudar muito, muito mesmo!
O médium que nasce com a missão de benzer ou curar o próximo, tem que ser muito humilde, para lidar adequadamente com cada situação que surgir... E saber que será questionado, e até humilhado, inúmeras vezes.
O médium que possui clarividência e missão de esclarecer o próximo, necessita lidar com muitas questões, inclusive a insegurança no que se refere à cobrança de valores monetários...
O médium que é arrimo de Terreiro, como: Ogans (Ogãs), Ekedis, atabaqueiros, curimbeiros, cambonos, assistentes, entre tanto outros... Eles devem ser pessoas disponíveis e dedicadas pois, a sua missão, será atender muito bem o próximo.
Para o médium desenvolver no Candomblé será preciso aceitar seus antepassados, seus Ancestrais, seus Guias Mensageiros e, principalmente, seus Orixás, Voduns ou Inquices. E terá que, acima de tudo, agir com extrema humildade e dedicação.
Quando um médium nasce com a missão de trabalhar na Umbanda, seu espírito sabe que enfrentará inúmeros dissabores por conta do preconceito, da desinformação e de todos os mistérios que envolvem a mística religiosa.
Enfim, a mediunidade é coisa séria! Que deve ser tratada com responsabilidade, aceitabilidade e inclusividade. Sim, porque médium tem que ser responsável, aceitar sua missão e acima de tudo: trabalhar com inclusão social.