sábado, 17 de novembro de 2012

Os Orixás e as Sete Linhas da Umbanda.


A função da Umbanda, desde o início, permitiu reunir num mesmo Culto os elementos do Candomblé, do Espiritismo, do Xamanismo, bem como, das Religiões Ocidentais e Orientais em geral, e essa sempre foi a intenção do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
A Umbanda surgiu modesta, realizando suas primeiras reuniões em um local pequeno e improvisado e, por isso, recebeu o nome de Tenda. A palavra "Tenda" foi utilizada como uma referência simbólica.
Quando Zélio de Morais viu seu trabalho expandir, também viu que foram surgindo outras Tendas... A Tenda do Senhor do Bonfim, a Tenda de Umbanda Santa Bárbara, a Tenda de Umbanda Cosme e Damião, a Tenda de Umbanda Nossa Senhora da Conceição, a Tenda de Umbanda Nossa Senhora da Glória, inaugurada juntamente com a Tenda Nossa Senhora dos Navegantes - porque dois de seus médiuns, já preparados, eram filhos de Iemanjá.
Iemanjá era um Orixá cujo culto até então, era praticamente desconhecido no Brasil. A seguir, veio a Tenda de Umbanda São Sebastião, a Tenda de Umbanda São Jorge, seguida da Tenda de Umbanda São Jerônimo. Completando, surgiram a Tenda de Umbanda Sant'Ana e, finalmente, a Tenda de Umbanda São Lázaro. Uma outra tenda nascida da Tenda Nossa Senhora da Piedade ganhou projeção no Rio de Janeiro. Essa tenda recebeu o nome de Tenda Mirim, fundada em 13 de outubro de 1924.
Essas foram as primeiras Tendas, então: Nosso Senhor do Bonfim, Santa Bárbara, Cosme e Damião, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes, São Sebastião, São Jorge, São Jerônimo, Sant'Ana, São Lázaro, Tenda Mirim...
Inquirido, por Ronaldo Linares, a respeito de todas as Tendas levarem o nome de Santos Católicos (na época o Catolicismo era a religião dominante), Zélio de Morais justificou dizendo que tinha formação católica e, que quando iniciara o Culto Umbandista, o fizera a pedido do Caboclo das Sete Encruzilhadas.
No sincretismo, surgiram assim: OXALÁ, YANSÃ, IBEJI, OXUM, IEMANJÁ, OXÓSSI, OGUN, XANGÔ, NANÃ e OMULU.
Mas, por fim, permaneceram as Sete Linhas: OXALÁ, IEMANJÁ, OXÓSSI, OGUN, XANGÔ, OMULU e IBEJI.
IEMANJÁ, OXUM e YANSÃ foram agrupadas em uma úncia Linha por serem todas Mães e por terem seus nomes relacionados a Rios Africanos.
NANÃ e OMULU, bem como, OBALUAIÊ, também foram agrupados em outra Linha correspondente, devido a sua relação com a Vida e a Morte.
Assim, surgiram as "Sete Linhas" que são comandadas pelos Orixás. Aqueles que trabalham dentro de cada Linha são chamados de Falangeiros, Mensageiros ou Guias Espirituais. Ou seja, todo Falangeiro é um Mensageiro do Orixá e também é um Guia Espiritual do médium.