terça-feira, 25 de setembro de 2012

Pedrinho e Zezinho

Dois Cosminhos e uma história.

Pedro e José, nasceram em Niterói, Rio de Janeiro, em 1898. Eles possuíam alguns meses de diferença de idade e José era o mais velho. Eram filhos de pais imigrantes que estavam ajudando a construir o Rio de Janeiro da época.
Os pais moravam na mesma vila e os meninos cresceram juntos, unidos como irmãos. Enquanto os pais trabalhavam no cais do porto, no embarque e desembarque de mercadorias, Pedro e José passavam o dia empinando pipa, jogando bolinha de gude e brincando com barquinhos no canal.
As mães faziam pães e bolos para vender e podiam trabalhar sossegadas, pois os meninos eram de boa índole e jamais se metiam em confusão.
Todos os dias, na hora do almoço, os meninos iam ao cais levar o almoço para os pais. Era o ano de 1908 e eles estavam com dez anos.
Em uma das visitas ao cais, Pedrinho e Zezinho se distraíram observando as embarcações e não perceberam um acidente em andamento.
Um contêiner carregado de carga explosiva despencou e explodiu, arrasando o quarteirão ao seu redor. Os meninos estavam próximos e foram atingidos pela explosão...
Eles não resistiram aos ferimentos e morreram no mesmo local. As famílias sentiram muito a perda dos amigos, pois eles alegravam a comunidade onde moravam.
No mesmo ano em que os meninos morreram, a Umbanda iniciava sua história na mesma região. Assim, como muitos espíritos, que antes não podiam se apresentar em Centros Espíritas para trabalhar, as crianças puderam se manifestar nos terreiros e alegrar a todos os presentes.
Segundo o Kardecismo, um espírito readquire sua aparência de adulto após o desencarne. A Umbanda respeita a individualidade de cada espírito, que procura manter a aparência que melhor lhe cabe após o desencarne.
As crianças da Umbanda são espíritos puros que mantêm sua aparência infantil para alegrar e atender os socorridos.