quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

FREQUÊNCIA VIBRATÓRIA



Tudo o que existe na Natureza possui uma frequência vibracional. Ou seja, "vibra" ou oscila constantemente.
Uma vibração ou oscilação ocorre porque tudo contém energia. Muitas vezes, nós não percebemos determinadas vibrações, porque elas são tão sutis, tão leves, que passam despercebidas aos nosso olhos.
A frequência vibracional pode ser medida em ciclos, oscilações ou voltas... Ela se repete, de forma regular ou irregular, em determinados intervalos de tempo. Cada tempo decorrido entre as oscilações recebe o nome de período. No estudo da Física, a Frequência é considerada uma grandeza escalar, porque pode ser calculada.
Bom, mas por que um médium precisa saber disso? Porque a mediunidade mexe com energia. E cada médium emite um tipo de energia, ou seja, produz uma determinada frequência vibratória. Dessa forma, todo médium deve "vibrar" na sintonia adequada para exercer um bom trabalho.
Durante os trabalhos de Gira, o médium vai adaptando sua energia, ou seja, sua frequência vibratória, ao padrão energético do local. Dessa forma, dizemos "esse médium está entrando em sintonia com o espírito".
Portanto, girar ajuda a vibrar... Porque o giro emite a frequência vibratória desejada. É assim que a Entidade vai interligando-se ao médium para a atividade mediúnica.
Seja em qualquer local que estiver, o médium precisa criar um campo vibracional adequado de proteção. Somente assim, o médium será capaz de se defender de ataques diversos.
Por exemplo, em Apometria podemos fazer uso dos arcos de luzes voltaicas no campo dimensional. O que isso significa? Que ao emitir um padrão energético carregado de descarga elétrica, qualquer egrégora ou energia malfazeja se desfaz.
Também podemos citar o Reiki, o Mahikari, o Johrei e a Cura Prânica que fazem uso dessas frequências através da energia Chi (Qi - Ki) circundante.
Para aprender a manipular e trabalhar essas energias sutis, todo curador necessita estudar e se especializar... Por isso, existem diversas técnicas de cura e cursos de formação na área específica.
Tanto o passe mediúnico, quanto o passe magnético, fazem uso de vibrações, oscilações ou ondas de energia... E em qualquer um dos casos o resultado é satisfatório. A diferença entre um e outro está substancialmente no tipo de mediunidade de cada um.
Entretanto, independe do grau mediúnico, a preparação é sempre a mesma. O que importa é atingir a frequência vibratória ideal. E como podemos atingir uma frequência (vibração) ideal? Nos Templos de Umbanda isso se faz com: amacis, boris, defumações, feituras, desenvolvimento, etc.
Por isso, desenvolver a mediunidade é algo tão sério e demorado, e jamais pode ser feito de qualquer jeito. Afinal, estamos manipulando energias!

domingo, 5 de dezembro de 2021

CURANDO O PLANETA...

 

Nesse momento de Transição Planetária, cada um de nós pode ajudar a curar o Planeta. Em nossas tarefas cotidianas, podemos realizar diferentes ações de construtividade, amorosidade e generosidade.
Dessa forma, além de curar as pessoas, podemos curar o Planeta. Curar o Planeta significa aceitar ser um agente transformador da boa mudança. Com pequenos gestos concretos podemos fazer a nossa parte...
É muito importante entender que, nesse momento de transformação, nós devemos mudar nossos pensamentos e alterar nossas perspectivas. Para isso nascemos médiuns! Para mediar...
Afinal, de que adianta ser médium se não for para ser um verdadeiro mediador? Todo mediador, como a palavra já diz, faz a mediação entre uns e outros. Ser médium é ser uma ponte segura de comunicação entre todos.
Todo dia ao realizarmos nossas orações e oblações podemos dedicar alguns minutos de nosso tempo mentalizando boas energias para a Terra. 
Se somos médiuns curadores, podemos e devemos, impor nossas mãos "sobre" o Planeta. Mentalmente, podemos visualizar a Terra e direcionar nosso dom de cura para cada região do Planeta ou para cada situação em especial.
Também existem outras formas de agir em prol da Humanidade e em benefício do Planeta. Uma ação concreta é a solidariedade: ao estender as mãos de forma direcionada, dando apoio ao menos favorecidos.
Quer dizer, devemos observar a alimentação diária. Dar de comer a quem tem fome é muito mais do que apenas entregar alimento! É entregar responsabilidade comunitária... Pois, toda Comunidade representa um pequeno
A comida representa nossa sobrevivência, mas é também a maior prova de que não sabemos cuidar de nós, de nossa saúde e do Planeta. Porque toda comida gera lixo. É preciso reutilizar os restos transformando-os em adubo. E mais do que nunca, reciclar as embalagens.
Comida jogada em qualquer lugar gera sujeira e atrai doenças. Embalagens descartadas indevidamente, poluem o Meio Ambiente e também atraem doenças. Por isso, resíduos de todos os tipos devem ser devidamente separados.
Uma ação necessária é a compreensão de que todo resíduo polui...  Assim, o que pode ser reciclado deve ser coletado e selecionado. Aquilo que deve ser descartado, mas pode virar adubo, deve ser compostado.
Esse entendimento sobre o lixo é o um dos passos mais importantes no processo de Regeneração Planetária, pois viemos do barro e ao barro voltaremos. Então, em que tipo de barro eu quero depositar meu corpo?
Quando entendermos, verdadeiramente, que somos interligados ao Planeta Terra, entenderemos que cuidar da Terra é cuidar de nós mesmos!

terça-feira, 30 de novembro de 2021

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA


Todos já sabem que o Planeta Terra está passando por transformações. Tanto Cientistas, quanto Religiosos de diversas crenças, estão alertando a Humanidade para o que está por vir...
Em todas as Eras da História, a Terra sempre passou por mudanças grandiosas, que serviram para modificar a estrutura do Planeta e redirecionaram a Humanidade para um novo Ciclo.
Dessa forma, é possível prever o que está para acontecer, baseando-se em mapas geológicos, mudanças climáticas e alterações na paisagem. E até mesmo os Astros, estão sendo observados no sentido de compreender tudo o que está acontecendo!
Existem diversas teorias e publicações sobre esse assunto, inclusive com esse mesmo título... Entretanto, cada artigo ou livro, procura dar um enfoque diferente ao tema. 
As mudanças planetárias ocorrem de tempos em tempos, precisamente em cada Era, dando início a uma nova Civilização. Cada Civilização passa por mudanças extremas a fim de adaptar-se e sobreviver à nova atmosfera planetária.
As substâncias que compõe o ser humano, os seres vivos em geral e, mesmo o Planeta, possuem diferentes propriedades que auxiliam a evolução das espécies em cada Ciclo.
Quando ocorre a mudança de Ciclo Planetário, um novo processo tem início: o da regeneração. Ou seja, é o caos transformando e recriando a Vida! O caos é tão necessário quanto o equilíbrio... Porque cura!
Nesse momento, mais do que nunca, o Planeta necessita de cura. Não é a Humanidade que deve ser curada... É a própria Terra! A Terra está doente: degradada, desgastada, ameaçada, esgotada. E como todo doente, ela precisa de repouso...
Como fazer a Terra repousar em meio a um turbilhão de seres enraivecidos, desorganizados e egoístas? Como dar à Terra o merecido remédio da cura e do pronto restabelecimento?
A única forma de se curar uma doença patogênica é retirar (exterminar) o patógeno. Quer dizer, o agente causador da moléstia. E quem é o agente causador da doença do Planeta? Infelizmente, é o próprio homem.
Isso já ocorreu em outras épocas e por isso a Humanidade foi quase extinta, restando apenas alguns indivíduos para repovoar o Planeta. Quer dizer, de tempos em tempos, a Terra precisa repousar para se refazer... E a única forma disso acontecer é estando sozinha em seu descanso.
Entretanto, nós podemos reverter tudo isso. Se formos amorosos com quem nos acolheu o espírito. Se formos compreensivos com quem nos abrigou após o nascimento. Se formos verdadeiros curadores do Planeta.
Nesse momento, mais do que nunca, devemos curar... Curar a nós mesmos, curar o próximo, curar a Humanidade, curar o Planeta! Devemos curar! Porque somente a cura pode nos salvar!

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Quando o médium tem permissão para trocar de Nação?


A pergunta inicial poderia ser: Quando o médium tem permissão para trocar de Casa? Contudo, trocar de Nação é o mesmo que trocar de "Casa"! Dessa forma, a permissão, na verdade, está na troca de Nação e não na troca de "Casa".
Como em Umbanda não se fala em Nação, os médiuns costumam referir-se ao Terreiro como "Casa". E claro, toda Casa é chefiada por determinada Entidade, o Chefe do Terreiro. Entretanto, mesmo uma Casa de Umbanda possui o Comando de uma Nação. Quer dizer, existe sim a vibração de um Orixá (Vodun ou Inquice) atuando sobre o Templo de Umbanda. 
Por exemplo, o Templo de Umbanda Caboclo Cobra Coral, possui como Chefe o Caboclo Cobra Coral. Dessa forma, todos os trabalhos serão devidamente orientados pelo "Cobra Coral"... E as demais Entidades trabalharão sob a supervisão do Caboclo Cobra Coral, que é o Mentor da Casa.
Como o Caboclo Cobra Coral responde à Linha de Oxóssi, o Templo possui a vibração energética do Orixá Oxóssi. Portanto, mesmo sendo um Templo de Umbanda, ele possui a proteção de um Orixá. Por isso, o médium só pode trocar de Nação/Casa, quando seu Orixá (Vodun ou Inquice) determinar...
Isso acontece devido ao fato de o médium possuir ancestralidade em mais de uma Nação. Esse caso é raro, mas pode acontecer de o médium possuir um Orixá e um Vodun disputando seu camatulê. Então, ele inicia o procedimento em uma Casa, mas com o tempo terá que buscar outra Casa, quer dizer, outra Nação, por exigência do Orixá, Vodun ou Inquice que o acompanha.
Nesse caso, é necessário observar onde está verdadeiramente a missão do médium; ou seja, onde seus ancestrais querem que ele cumpra (realmente) sua missão mediúnica? Especificamente, qual Nação comandará seus trabalhos futuramente?
Normalmente, existe um Ritual de aproximação do médium com a Casa/Nação, chamado de Obi d'Água. Esse Ritual é utilizado para descobrir se o Abiã (futuro Iyawô) pertence ou não àquela Nação. Em seguida, durante os Boris e os Amacis, ocorre toda uma preparação para a energização do médium, onde a sua ligação com a Casa/Nação será programada, junto ao seu Orixá, Vodun ou Inquice.
Como isso já vem determinado do Plano Superior, antes mesmo que o médium possa desenvolver e trabalhar, as coisas acontecerão até que tudo esteja em ordem... A Entidade que assumirá a chefia já está definida, obedecendo a uma vibração (energia) específica; de acordo com o desenvolvimento do médium.
Dessa forma, com a realização de todos os procedimentos de feitura e camarinha, será impossível dizer que o médium errou de Casa e não pertence àquela Nação. Por isso mesmo, existe um Processo de Feitura Completo que demanda tempo e dedicação.
Também temos que ter em mente que tanto o Orixá, quanto o Vodun ou Inquice, sabem o que estão fazendo e jamais levariam o médium à Casa errada ou em uma Nação equivocada. E se por acaso isso aconteceu, existe um propósito maior em torno de tudo isso!
Assim sendo, na Umbanda só se troca de Casa quando o médium muda de endereço e precisa encontrar um lugar mais próximo para frequentar... Ou então, quando ocorre a morte do Dirigente Espiritual (Babalorixá ou Ialorixá) e outra pessoa não assumirá o cargo ou a função. Também pode acontecer de a "Casa" fechar por conta de uma série de motivos, ocasionando o fim dos trabalhos. Enfim, trocar de Casa ou de Nação sem a devida permissão é irresponsabilidade... 
Pular de galho em galho, não fortalece o médium; pelo contrário, enfraquece a sua energia e o seu desenvolvimento. Por isso, é tão necessário ter conhecimento sobre o assunto! E, acima de tudo, ter consciência...

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Refazimento


A palavra refazimento deriva do verbo refazer e significa: consertar, reparar; restaurar, recuperar ou, simplesmente, "fazer de novo".
Um médium necessita de refazimento quando as suas energias estão esgotadas ou quando este se sente desgastado por qualquer motivo ou sem uma razão aparente.
O refazimento pode ser obtido através de inúmeros procedimentos, tais como: infusões, banhos, defumações, oferendas, passes mediúnicos ou magnéticos, etc. 
Para saber que tipo de refazimento será necessário para o médium se "refazer", é necessário seguir as orientações (determinações) do Chefe do Terreiro, na Umbanda; ou consultar o Jogo de Búzios no Candomblé.
Normalmente, após um refazimento o médium já se sente melhor e é capaz de cumprir devidamente as suas funções. Entretanto, se mesmo com o procedimento o médium ainda se sentir desgastado ou combalido, é necessário aguardar o tempo certo de cada trabalho...
Assim como o cozimento de um determinado alimento, onde cada produto possui o tempo certo de preparo, o refazimento também leva um período determinado para tornar o médium refeito (ou recomposto) adequadamente.
No mundo em que vivemos, ocorrem muitas coisas que desgastam o ser humano, e o fazem se sentir sem energia para prosseguir lutando... Por isso, existem os atendimentos terapêuticos!
Pois, da mesma forma que um médium pode e deve passar por um refazimento, toda e qualquer pessoa, também pode se refazer através de diversos cuidados.
Agora, acrescentamos uma ressalva, por favor: jamais confunda problemas de saúde com problemas mediúnicos! Porque uma coisa nada tem a ver com a outra.
Existem diversos problemas genéticos (hereditários), e mesmo congênitos (de nascença), que impedem o médium de desenvolver em um determinado momento, mesmo que este o queira...
Então, este médium deverá esperar o momento apropriado para o desenvolvimento. No entanto, isso não impede o "refazimento"; ou seja, o médium pode passar por procedimentos que o fortaleçam até o momento devido.
Mediunidade é coisa séria, que deve ser devidamente desenvolvida e fortalecida, pois todo médium carrega uma Missão de Vida!

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Dois-dois, Doum...


Nos dias 26 e 27 de setembro comemora-se São Cosme e São Damião. Os dias de comemoração entre a Umbanda, o Candomblé, a Igreja Ortodoxa e a Igreja Tradicional, possuem datas diferentes; por isso, as duas datas são festejadas.
São Cosme e São Damião são considerados Protetores dos Médicos, dos Cirurgiões e dos Farmacêuticos. Entretanto, devido à sua simplicidade e grande generosidade, também também são invocados como Protetores das Crianças.
A História dos Santos Gêmeos mistura-se à muitas lendas e se confunde no imaginário popular, devido aos inúmeros milagres por eles realizados. Por isso, muitas lendas surgiram e permaneceram...
Contam as Lendas que Cosme e Damião tinham outros irmãos que também foram santificados. Alguns dizem que eles se chamavam Talab, Alabá e Doú. Mas, existem registros de que seus nomes verdadeiros eram: Antimo, Leôncio e Euprepio. Assim como os irmãos, Cosme e Damião também receberam outros nomes ao nascer. Segundo os registros canônicos, seus nomes verdadeiros eram: Acta e Passio.
Existem registros de que eles teriam nascido em alguma região da Arábia, contudo praticavam a medicina na região da Egeia, na Síria. Como Cosme e Damião atendiam caritativamente, desde animais até diferentes pessoas em todos os Vilarejos por onde passavam, o povo começou a venerá-los e a aclamá-los! O Imperador não gostou nada disso... Por isso, mandou executá-los!
Assim como Cosme e Damião, seus irmãos também foram executados, mais precisamente, decapitados. Isso depois de muita tortura... A morte ocorreu em 27 de setembro, entre os anos 287 e 300.
Em meio a tantas histórias e lendas, também acreditava-se que Crispim e Crispiniano, fossem irmãos de Cosme e Damião. Existem muitas semelhanças entre suas histórias de vida. Como eles viveram na mesma época que os Santos Cosme e Damião e também eram gêmeos, as duas histórias se misturaram... Bem como o sincretismo com os Ibejis.
Devido ao fato de Cosme e Damião serem gêmeos idênticos, por onde passavam as crianças corriam e gritavam: "Lá vem dois-dois!" Dessa forma, o termo "Dois-dois" é uma referência à todas as crianças que nascem gêmeas, ou seja, aquelas que dividiram o mesmo útero materno desde a concepção até o nascimento.
Já a expressão "Doum", deriva de Idowun, que em Yorubá significa: só, isolado. Ele representa todas as crianças "mirradinhas", que não se desenvolveram adequadamente por algum motivo... Mas, também faz referência aos natimortos ou aos falecidos antes dos sete anos de idade.
Existem muitas cantigas e pontos cantados com as expressões: "Dois-dois, Doum", como por exemplo: "Dois-dois, Doum, são a minha proteção. Eles me fazem companhia, tanto de noite, quanto de dia." e "Jamais estou sozinho, ando bem acompanhado. Dois-dois, Doum, estão sempre ao meu lado."

sábado, 25 de setembro de 2021

IBEJI


A palavra Ibeji significa: gêmeos. Ela deriva de dois termos em Yorubá: ibi (nascimento) e eji (dois). Ibeji é uma palavra mais utilizada na Nação Ketu. Nas Nações de Congo e Angola, chama-se Vunje.
Para os Yorubás, a energia de Ibeji forma-se a partir de duas entidades distintas que coexistem entre si, ou seja, um não existe sem o outro... Dessa forma, se um dos gêmeos morrer, aquele que sobreviver deve lembrar aquele que morreu, porque eles estarão interligados para sempre. Assim, a mãe deve preservar a memória do filho morto para o filho que está vivo.
Na África cada gêmeo é representado por uma imagem, que permanece em exposição em todas as Festividades, recebendo ofertas e tributos. Junto dessas imagens, permanece uma outra igual e menorzinha, que representa todas as crianças falecidas da tribo (abikus).
Apesar de tudo, Ibeji é uma divindade que rege a alegria, a inocência, a ingenuidade e a pureza de uma criança. Pois, a sua principal missão está em preservar cada pessoa, desde o nascimento até a adolescência, independente de cada Orixá que a rege.
Normalmente, as palavras "Ibeji, Erê e Vunje" são utilizadas como sinônimos. Entretanto, para cada cada Nação do Candomblé, elas possuem significados distintos.
A palavra Erê vem do Yorubá iré, que significa "brincadeira, divertimento". Daí a expressão xirê (siré), que significa "fazer brincadeiras". E a palavra Erê também não pode ser confundida com a palavra criança, que em Yorubá, é omodé. Vunje, por sua vez, significa "sabido".
Durante o Ritual de Iniciação (Feitura) é o Erê que estará presente a maior parte do tempo. Ou seja, é ele que levará ou trará as várias mensagens do Orixá. Pois, Erê é o intermediário entre aquele que foi iniciado para o Orixá e o próprio Orixá.
Ao contrário do que muitos imaginam, um Erê pode andar e falar normalmente, mantendo apenas suas características primordiais de apresentação. Por isso, enquanto estiver presente no Terreiro, um Erê pode auxiliar em determinadas tarefas.
Ibeji (Erê ou Vunje) faz parte de todos os Rituais do Candomblé e, assim como Exu, ele deve ser bem cuidado... Mas, se por acaso, a Casa esquecer de Ibeji, ele saberá cobrar sua lembrança!
Para chamar a atenção da Corrente Mediúnica, o Ibeji poderá atrapalhar os trabalhos com inúmeras brincadeiras infantis e desvirtuar a concentração dos médiuns da Casa. Isso quer dizer, que se um Ibeji apareceu em um Trabalho de Gira, alguém está lhe devendo obrigação!
Para finalizar, é preciso lembrar um ditado em Yorubá que diz: "O que Orixá faz, Ibeji desfaz... Mas, o que Ibeji faz, nem Exu desfaz!" Portanto, a força de um Ibeji deve ser sempre respeitada!

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

ASSENTAMENTO


A palavra assentamento deriva do verbo assentar... De acordo com os dicionários, assentar significa: anotar, averbar, ajustar, acomodar, alicerçar, firmar, fundamentar...
Durante o Processo de Feitura, existe a necessidade de assentar o Santo. Na verdade, o Santo em si jamais será assentado, o que se assenta é a representação (simbologia) do mesmo. Para tanto, se utilizam apetrechos, símbolos e objetos diversos.
Para assentar um Orixá, se faz necessário seguir as regras da Casa (Roça). Isso porque cada Terreiro responde a um Código Ético, obedecendo a uma Hierarquia Ancestral Milenar própria.
Nas Religiões Afrodescendentes, o assentamento possui a função de salvaguardar a Casa e o próprio desenvolvido de qualquer influência externa ao procedimento. Por conta disso, a estruturação de um assentamento se modifica de uma Nação para outra, bem como, de uma Roça pra outra.
Como tudo está interligado no Universo, o assentamento liga a pessoa ao seu Protetor. Ou seja, é um indicativo de "pertencimento". O assentamento indica que aquela pessoa pertence àquele Orixá. Para isso, se utilizam apetrechos, símbolos e utensílios específicos a cada um...
O apetrecho é um instrumento que representa o Orixá. Os símbolos podem identificar a Casa e a Nação. Os demais utensílios são utilizados para proporcionar firmeza e estabilidade ao assentamento. Com o passar dos anos e dos procedimentos adquiridos, o assentamento vai se modificando e se estruturando cada vez mais, até a finalização do processo. 
Como existem os rituais necessários para se criar um assentamento, de nada adianta sair por aí "assentando" qualquer Santo sem a devida preparação... Por isso, existe o processo de feitura.

sábado, 28 de agosto de 2021

Reencarnação


A Umbanda acredita na reencarnação. A prova disso está em uma das comunicações do Caboclo Sete Encruzilhadas, quando ele manifesta a aparência de um índio, mas também mostra o aspecto de um padre europeu.
Nas diversas histórias da Umbanda, é possível perceber relatos sobre a vida após a morte. Inclusive, muitas histórias relatam inúmeras reencarnações e como em cada uma delas agiu o espírito em questão.
Também é possível ouvir das Entidades relatos diversos sobre suas vidas. Dessa forma, o médium recebe diferentes exemplos sobre como viver adequadamente em sua vida e sobre como agir conforme a Lei, para evitar a queda espiritual.
Ou seja, o espírito encarnado recebe toda a ajuda necessária para evitar o erro e melhorar sua conduta. Afinal, ele já ocupou outros corpos em outras vidas!
Cada encarnação posterior nos cobrará as ações da encarnação anterior! Isso significa que em cada encarnação devemos evoluir, para agir diferente da vida anterior.
A reencarnação existe para nos melhorar, porque nos coloca no lugar do outro, mesmo quando não aceitamos. Por exemplo...
Se em uma encarnação o espírito nasceu com roupagem de pessoa abastada, mas perseguiu os menos favorecidos, em sua próxima encarnação terá a aparência de uma pessoa sem privilégios.
Se foi dado ao espírito a chance de contribuir com a Sociedade utilizando sua mediunidade, mas ele a utilizou para fins mesquinhos e deploráveis, em sua próxima vida ele será privado de qualquer dom...
Se um espírito recebe a missão de ser pai ou mãe e desvaloriza essa missão de alguma forma, em sua próxima existência ele jamais terá filhos.
Outra coisa que muito se discute em qualquer existência é a cor da pele, porque dependendo a época em que o espírito nasceu, a cor da pele poderá influenciar sua encarnação...
Por exemplo, antes de Cristo, qualquer pessoa era escravizada, principalmente os judeus... Depois de Cristo, a História experimentou diferentes reveses: com mulheres acusadas de bruxaria, com nações sendo dizimadas por terem outras crenças, com pessoas de etnias diferentes sendo escravizadas, entre outras atrocidades.
Portanto, em qualquer época da História sempre ocorreram perseguições aos Filhos da Terra. Entretanto, em todas elas, o homem sempre teve a chance de evoluir e de melhorar...
Por acreditar na reencarnação e na vida após a morte, a Umbanda possui esse propósito, de auxiliar a todo e qualquer espírito o caminho verdadeiro da evolução.
Enfim, a Umbanda é uma Religião que acolhe a todos igualmente, sem distinção, porque sabe que estamos aqui de passagem para evoluir através de múltiplas experiências...

quarta-feira, 25 de agosto de 2021

A transformação de uma Feitura!


Toda Feitura muda a vida da pessoa para sempre! Por isso mesmo se chama "feitura", porque a pessoa vai fazer a si mesma. A gente diz "fazer o Santo", mas o Santo já nasce feito... Quem será feito, na verdade, é a pessoa que irá desenvolver...
O verbo fazer tem origem no latim e é um dos mais utilizados na língua portuguesa. Fazer quer dizer: criar, realizar, executar, agir, completar, preparar, fabricar, causar, praticar, etc... Ou seja, fazer o filho de santo significa, literalmente, preparar o filho para o Santo.
Para tanto, toda Feitura envolve diversas etapas, necessárias para a evolução da missão do Filho de Santo: limpar, abrir, consagrar, energizar, firmar, etc. Em cada etapa um novo processo será realizado e novas etapas serão acrescentadas. Todas as etapas, servem para "ligar" (conectar) o Orixá ao seu protegido. Por isso, cada etapa é bastante específica, pois mexe com um processo diferente.
No começo será como se a pessoa fosse colocada em uma grande peneira e "chacoalhada". Tente imaginar os grãos em uma peneira... Por que se chacoalham os grãos? Para limpar a sujeira e separar os grãos saudáveis. Em seguida, os grãos são espalhados em uma superfície para o processo de maturação. Da mesma forma, o médium é repousado sobre a superfície do Congá, para descansar e amadurecer...
Como um fruto, o Filho de Santo precisa amadurecer para o Santo. Ao participar das Giras, dos procedimentos e dos trabalhos em geral, o Filho vai amadurecendo aos poucos, até sentir-se totalmente preparado para assumir sua missão.
O desenvolvimento é lento e demorado, porque o renascimento se dá aos poucos... O processo todo mexe muito com o emocional e com o mental da pessoa e não são todos que estão preparados para aguentar a carga energética de uma transformação. Muita gente não aguenta o processo e desiste porque cada etapa é bastante "puxada".
A pessoa não percebe que tudo isso faz parte dela mesma. A mediunidade está na sua Ancestralidade, nos seus Antepassados, na sua Família, na sua Árvore Genealógica e no seu DNA. Ou seja, ela escolheu tudo isso, antes mesmo de nascer! Assim, desde criança a pessoa apresentará todos os sintomas (ou sinais) de que possui missão e precisa desenvolver...
Ao fazer a feitura, o médium transforma-se e o seu verdadeiro Eu transparece! Assumir seu verdadeiro Eu representa aceitar quem você é de verdade e é isso o que uma Feitura faz...

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

A importância dos colares e de outros símbolos nos processos de feitura.


A utilização de colares teve início no começo dos tempos da História da Humanidade, como forma de adorno, demonstração de um feito importante ou representação das diversos Tribos e Etnias.
No Culto aos Orixás, os colares (egbaorun) e as miçangas (awọn ilẹkẹ) fazem referência aos degraus no processo de feitura (ṣiṣe ilana). Eles representam todos os fundamentos e todos os procedimentos dentro do Culto de Candomblé.
Cada colar (Delegun) possui um significado único, com representação própria. Através do colar é possível identificar a graduação, a função e a representação de cada Orixá, Vodun ou Inquice. Por isso, o número de fios, a quantidade de miçangas intercaladas (ou não) e a cor de cada firma é bem visível.
No começo de todo processo de feitura, o Yawô (Iaô) usa o colar de apenas um fio, com a cor do seu Orixá, Vodun ou Inquice. Dependendo a Casa ou Nação, pode até usar dois ou três colares... Depois, com o tempo e com a graduação adquirida, pouco a pouco, ele poderá aumentar o número de fios de contas e de colares no pescoço.
Além dos colares, os Yawô (Iaô) é obrigado a usar o Contra Egun (Ikan), a umbigueira, o mocam e a senzala, por pelo menos por um ano. O Ikan é uma defesa para o Yaô (Iaô), contra os Eguns Familiares que estão "penando" e querem se aproximar sem autorização. É como se a Casa mandasse um recado à eles: Esse Filho tem Dono! A umbigueira (Atorô) representa uma ligação com o útero materno e faz referência às Mães. Também quer dizer que quando estamos com a umbigueira, o nosso cordão umbilical ainda está preso ao Orixá. O Mokan (confeccionado em palha da costa) representa Iku (a Morte) e o respeito que devemos ter pela Vida. Normalmente, é enfeitado com búzios e contas na cor do Orixá, Inquice ou Vodun. A Senzala (ou "escrava") é uma forma de representar os Ancestrais e os Antepassados em braceletes.
Em determinadas Casas ou dependendo a Nação, ainda se utilizam outros adornos, como:
-  Kelê (Quelê) - joia sagrada do Orixá que adorna o pescoço do iniciado.
Ekodidé (pena vermelha do Papagaio Africano) - representa a aceitação da nova vida de iniciado.
Xaorôs - são pequenos guizos usados nas canelas para avisar a Mãe Criadeira sobre as necessidades dos Filhos.
Os demais adornos dependem da exigência de cada Nação ou dos Orixás, Inquices e Voduns de cada iniciado. Por tudo isso, o Processo de Feitura é muito próprio, único e particular... E demorado também!

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sábado, 17 de julho de 2021

UBUNTU


Ubuntu é uma Filosofia Africana, presente na Cultura de alguns grupos que habitam a África Subsaariana, cujo significado nos remete à verdadeira humanidade do Ser Humano.
A palavra "Ubuntu" (u'buntu) deriva de um conceito, que pode ser traduzido, mais ou menos, como: "humanidade com os outros" ou "sou o que sou porque nós somos".
Particularmente, Ubuntu significa: generosidade, solidariedade, misericórdia, compaixão, empatia, afetuosidade, amorosidade, reciprocidade, bondade, união, cooperação, etc.
Uma pessoa que vivencia uma ação Ubuntu está aberta e disponível para os outros; ela apoia o que os outros fazem, porque jamais se sentirá ameaçada, pois suas ações se baseiam em autoconfiança.
Dessa forma, todo relacionamento é espontâneo e verdadeiro, pois vem do conhecimento que todos nós pertencemos a algo maior, muito maior!
Esse sentimento de "pertencimento" nos reconecta à Fonte Criadora de Tudo, pois torna possível expressarmos em profundidade a nossa essência divina.
Contam os antigos, que no começo dos tempos, o "Ubuntu" era vivenciado em muitas comunidades de forma natural... Porém, o ser humano, com sua ganância por conquista, eliminou da Terra essa prática.
Todos nós sabemos, por diversos manuscritos antigos, que a vida teve início na África. No entanto, negamos essas evidências!
Muita gente nega a vivência do Ubuntu, porque pensa que ao vivenciá-lo, estará voltando ao começo da Civilização. No entanto, ao contrário, Ubuntu representa evolução!
Mais do que nunca precisamos reavivar a energia do Ubuntu em nossos corações e em nossas ações, para podermos evoluir como um todo...
Por isso, devemos resgatar o conceito e a prática do Ubuntu no Planeta Terra. Precisamos perceber que o que fazemos ao outro reflete em nós e no Mundo que nos cerca...

"Ao entendermos quem nós somos verdadeiramente, poderemos entender melhor quem é o outro!"

quarta-feira, 14 de julho de 2021

PRECONCEITO


Essa postagem possui uma outra função, bem diferente das postagens que já publicamos até o presente momento. Nela queremos falar diretamente e especificamente de intolerância religiosa, preconceito e discriminação.
Ontem sentimos novamente o peso do preconceito, da discriminação e da intolerância... Mas, não foi de uma pessoa... Foi de uma Rede Social de renome, bastante conhecida e que administra duas das maiores marcas de interatividade desse momento.
Já havíamos passado por isso em outras oportunidades, mas ontem isso ficou muito muito claro e explícito. Será que os proprietários da marca são coniventes com isso? Não temos como saber... Afinal, é uma Empresa Estrangeira!
De qualquer forma, passar por intolerância religiosa, preconceito e discriminação na família, com amigos, conhecidos ou desconhecidos, já estamos acostumados... Agora, enfrentar esse mesmo tipo de situação diretamente de uma Rede Social Renomada, é o cúmulo do atraso da civilidade!!!
É certo que a Humanidade enfrenta isso há milhares de anos... São tantas Civilizações que já foram perseguidas por conta de suas crenças e ideologias! Tantos Povos que foram dizimados por serem diferentes da maioria!
O Brasil, todos sabem, é uma terra de multiplicidades: indígenas, africanos, portugueses, espanhóis, italianos, holandeses, poloneses, ucranianos, alemães, ingleses, americanos, franceses, japoneses, chineses, taiwaneses, etc, etc, etc... E tantas outras Etnias, fazem desse país um lugar único para se viver!
Mas, convenhamos, são tempos difíceis e o preconceito está mais nítido do que nunca... A intolerância religiosa, então, nem se fala! E a discriminação? Ocorre todos os dias, em todos os minutos... Enfim, que tristeza! Estamos aqui, temos missão e vemos esses absurdos acontecendo a todo momento!
Nós sabemos que todos que trabalham na Lei e na Ordem, cumprindo sua missão verdadeiramente, sofrem perseguição e discriminação. Entretanto, podemos cumprir nossa missão sem aparecer em qualquer mídia, pois nossa missão depende unicamente de nós... Afinal, nossos Guias, Mentores e Orixás não necessitam de Redes Sociais para aparecer!
Porém, quando utilizamos a internet para publicar conteúdos sobre as Religiões Afrodescendentes e Ameríndias é, tão somente, para interagir com pessoas que estão distantes de nosso endereço físico. Entretanto, é complicado utilizar uma Rede Social que divulga conteúdos de intolerância religiosa, preconceito e discriminação.
Quando abrimos uma conta com nosso nome (@umbandaempaz) em uma Rede Social, é sempre com o intuito de ensinar o caminho verdadeiro da Umbanda Sagrada. À pedido do Mentor da Casa, o Caboclo Cobra Coral, aceitamos retomar nossa conta de usuário nas Redes Sociais. Mas, é com muita tristeza, que vemos tantos absurdos!
Infelizmente, a incoerência nas Redes Sociais é tanta, que estamos sujeitos à ação das mesmas! E quem mais sofre com isso? São os desavisados, aqueles que NÃO estudam e que NÃO frequentam nenhuma Casa com fundamento! Estes indivíduos estão tão despreparados, que acreditam em tudo, e até seguem contas com perfis falsos!
Nós somos de um tempo em que tudo era feito de forma respeitosa, pois se resguardavam todos os preceitos e se respeitavam todos os mistérios. Por isso, podemos afirmar categoricamente, nossa missão está sendo cumprida com ou sem Internet! Isso porque nós respeitamos os antigos preceitos do recolhimento e do sigilo.
Por conta disso, é difícil conviver com o desconhecimento daqueles que administram as Redes Sociais. A maioria dessas pessoas trabalha nas Redes Sociais, sem qualquer conhecimento sobre Religiosidade e Espiritualidade. E isso contribui muito, para que conteúdos falsos circulem facilmente! Dessa forma, a intolerância, o preconceito e a discriminação se mantém dia após dia...
Precisamos alertar os Administradores das Redes Sociais e seus subordinados, pois eles estão errados!!! Eles precisam se instruir sobre as Religiões de nosso País e sobre as Leis Religiosas que nos regem, para evitar os absurdos que vemos por aí...
Quando denunciamos alguém que nos persegue e que usa nosso nome (ou marca) indevidamente, somos nós que somos perseguidos! Eles, simplesmente nos boicotam e nos discriminam, dando ampla permissão ao perseguidor, para agir livremente e continuar atacando!
É claro que eles lucram com isso, com curtidas, com acessos à Rede Social e com a nossa menção à eles... Mas, eles estão errados e precisam parar!!! Eles precisam parar de nos perseguir, de nos discriminar e de nos denegrir!!! Eles precisam entender o que é a verdadeira Umbanda, para filtrar perfis que se dizem umbandistas e que usam as Redes Sociais para atacar os próprios umbandistas!
Tristemente, tem tanto umbandista, entre tantos outros simpatizantes das Religiões Afrodescendentes, seguindo e interagindo com perfis que apenas "copiam e colam" conteúdos, sem conhecimento algum daquilo que estão divulgando...
Além do mais, eles divulgam conteúdos originais, como se fossem os próprios autores desses conteúdos, ou seja, sem citar a verdadeira autoria... Pois, as pessoas nem se dão ao trabalho de pesquisar!
As pessoas esquecem que quem publicou, tem como comprovar que é o verdadeiro autor do conteúdo! Vamos citar um exemplo: A história do Senhor Exu Capa Preta. Essa postagem possui registro, pois o médium que escreveu, bem como, o médium que estava incorporado com o Senhor Exu Capa Preta, fizeram o devido registro. Dessa forma, todos que "copiaram e colaram" a postagem, mas não citaram o Link do Blog Umbanda em Paz, estão cometendo um crime, previsto em Lei. Na dúvida, basta olhar a data da postagem.
Por isso gente, parem de "copiar e colar" e parem de seguir gente que só "copia e cola"... Eles não entendem nada de religião, de preceito, de fundamento, de feitura, de resguardo, de assentamento, etc. Essas pessoas estão fazendo fama em cima de outros! E ainda por cima, recebem curtidas para fazer o que está errado!
Cuidado: existem muitos perfis falsos com conteúdos de Umbanda! Consulte, antes de seguir... Falsos umbandistas e falsos seguidores das Religiões Afrodescendentes e Ameríndias, ao divulgarem conteúdos falsos, só fazem aumentar o preconceito com a Religião!

Entenda: em questão de Religião, não se pode apenas "copiar e colar"... É preciso saber onde está o preceito do fundamento! Quem "copia e cola" está com preconceito com o verdadeiro autor do conteúdo e também está com preconceito com sua Religião. Porque toda pessoa que tem Axé, respeita o Axé do outro!

segunda-feira, 12 de julho de 2021

O Axé dos pós sagrados.


As pinturas utilizadas em todos os ritos de passagem nos Cultos Afro-ameríndios possuem inúmeros significados próprios e especiais.
Na Cultura Africana, dentro de todas as Nações Afrodescendentes, os pós representam uma forma de proteção contra as forças maléficas externas, bem como, um vínculo direto com o Orixá pessoal.
Ou seja, as principais características dessas pinturas, tem como objetivo vincular todo o Axé transmitido ao noviço (abiã) durante o Ritual de Iniciação.
Na Cultura Ameríndia, dentro de cada Culto Ancestral Xamânico, os pós representam as pinturas diversas de cada Cultura Indígena... Elas também estão associados à cura, à proteção e à ancestralidade.
Especificamente, na Cultura Yorubá, os três pós mais conhecidos e utilizados são o efún, o osùn e o wàji - com as escritas em iorubá...
Cada um deles possui a seguinte forma de extração:
- Ossun - Um tipo de pó vermelho, obtido da árvore Baphia nitida e Peterocarpus osun - ambas são Leguminosas.
- Waji - Um tipo de pó azul, obtido da árvore Indigofera sp. - também um tipo de Árvore Leguminosa.
- Efun é um nome da Cultura Jeje-Nagô dado a vários tipos de pós, que são utilizados nos Rituais Afros. Na Umbanda, ele é conhecido com o nome de "pemba".
Os três pós estão associados diretamente às três cores básicas da Mãe Natureza, porque representam, especificamente, as três passagens do dia: o amanhecer (efún), o crepúsculo (osùn) e o anoitecer (wàji).
Essas pinturas também estão associadas ao Culto Ancestral das Mães Feiticeiras, como reverência e proteção às três principais Iyami Àjé; impedindo-as que "pousem" sobre a cabeça do iniciado.
Nos Rituais Indígenas, todas as tinturas são extraídas de plantas provenientes da Mata Nativa. Um dos exemplos mais conhecidos e utilizados pelos índios é o urucum (Bixa orellana sp)... Outra planta bastante utilizada nas pinturas indígenas é o jenipapo (Genipa americana sp).
Da mesma maneira que os pós naturais da Cultura Yorubá, eles também são de suma importância, porque representam os rituais de passagem nas Tradições Indígenas.
Cada pintura corresponde a um Clã, a uma Tribo, a uma Etnia ou a uma Nação específica... Por isso, ao observarmos as Festas de Xirê ou, mesmo as Celebrações Indígenas, veremos aspectos diferenciados no tracejado dos desenhos.
Enfim, as pinturas produzidas com os pós "mágicos" ou pós sagrados, funcionam como descarrego, proteção e vínculo efetivo com a Ancestralidade Maior. Por isso, devemos respeitar!

terça-feira, 6 de julho de 2021

A magia ritualística do Efun...


Todos os elementos utilizados dentro de uma feitura nas Nações do Candomblé, possuem um significado muito próprio e único. Por exemplo, a pintura com o pó de giz, conhecido por Efun, é uma das cerimônias mais importantes para o Culto.
A palavra "Efun" refere-se ao barro branco encontrado no fundo dos rios... O pó do Efun simboliza a claridade do dia. Quando o pó é soprado ou friccionado seco, ele possui a função de: clarear, despertar, iluminar, reavivar, energizar... O Efun molhado é utilizado para fechar, guardar, acalmar, abrandar... Por isso, em uma feitura, o Yaô (Ìyàwó) permanece coberto com o pó de Efun.
O Efun pode ser de origem mineral ou vegetal. O Efun Mineral é extraído do calcário encontrado na Natureza. O Efun Vegetal pode ser retirado dos seguintes vegetais: obi, orobô, aridã, pichurim, noz-moscada e algumas folhas sagradas. Além do Efun Mineral e Vegetal, existe também o Efun Animal... Este é um pó retirado de ossos e das cartilagens dos animais utilizados no Culto. Depois de devidamente secos, eles são triturados e armazenados.
Os pós jamais devem ser manuseados por qualquer pessoa. Como eles são sagrados, somente as pessoas devidamente preparadas para esse propósito dentro do Culto, podem manuseá-los.
Com o Efun, confecciona-se a pemba, que é muito utilizada durante os Ritos de Umbanda, para riscar pontos sagrados e para energizar diversos materiais dentro do Terreiro. Por isso, a pemba é de suma importância para a Umbanda.
Segundo alguns Historiadores, a pemba foi trazida para o Brasil, inicialmente, pelos Bantos... Mas, depois expandiu-se para outras Nações do Candomblé. Por conta disso, a pemba legítima é importada da África.
O que torna as pembas vindas da África tão especiais, é o fato de que os artesãos entoam cânticos religiosos para consagrá-las, enquanto realizam todas as etapas de sua produção.
Para fabricar a pemba, o minério extraído das jazidas de cal é pulverizado; e depois de seco é misturado com corantes e cola, modelado e embrulhado em folhas de bananeira.
Enfim, seja com o Efun ou com a Pemba, todas as Religiões Ancestrais preservam seus costumes fazendo uso desse produto sagrado em seus Rituais.

domingo, 20 de junho de 2021

Nação Jeje Mahi - Povo Ewe Fon...


Através dessa postagem reverenciamos a saudosa Mãe Gaiaku Luiza, Senhora dos Mistérios da Nação Jeje Mahi...

Luiza Franquelina da Rocha nasceu em 25 de agosto de 1909, em Cachoeira, cidade do Recôncavo Baiano. Sua mãe chamava-se Cecília, negra, descendente de escravos e iniciada para Yemonjá em Feira de Santana-BA, vindo a falecer com 105 anos. Seu pai chamava Miguel, negro, também descendente de escravos e foi confirmado Kpenjigàn na Roça de Ventura (Kwe Sejá Húnde), candomblé Jeje em Cachoeira, por Gaiaku Maria Ogorensì de Gbèsén, que faleceu aos 86 anos.
Sua irmã carnal, Joana, foi iniciada para o vodun Azansú por Gaiaku Pararasì, na Roça de Ventura. Suas primas foram iniciadas como Ekedi por Sinha Abali, também na Roça de Ventura. A avó paterna de Gaiaku chamava-se Maria Galdência da Conceição e sua bisavó era uma negra africana chamada Malakê, filha de Sàngó, que chegou a Cachoeira em torno de 1820, amarrada em um porão de navio, para ser escrava de uma branca por nome Pombinha Rosalva, que lhe batizou com o nome de Maria Felicidade da Conceição.
Gaiaku Luiza que é bisneta de africano e foi nascida e criada dentro do candomblé aonde chegou a morar dentro da Roça de Ventura. Teve contato com as velhas tias do candomblé que lhe ensinaram muita coisa. Em 1937 Gaiaku Luiza é iniciada para Oyá na nação Ketu, no Ilé Ibecê Alaketu Àse Ògún Medjèdjè, do famoso Babalorixá Manoel Cerqueira de Amorin, mais conhecido como Nezinho de Ògún, ou Nezinho da Muritiba, filho-de-santo de Mãe Menininha do Gantois. Por motivos particulares, após 2 anos Gaiaku Luiza se afasta da Roça deste ilustre Babalorixá. Foi Sinhá Abali, segunda Gaiaku a governar a Roça de Ventura, quem viu que Gaiaku Luiza deveria ser iniciada no Jeje, nação de toda sua família, e não no Ketu. Assim, encarrega sua irmã-de-santo Kpòsúsì Romaninha, de sua inteira confiança, a iniciar Gaiaku Luiza no Terreiro Zòògodò Bogun Malè Hùndo, em Salvador. Em 1944, Gaiaku Luiza é iniciada na nação Jeje sendo a terceira a compor um barco de 3 vodunsìs. Seu barco foi constituído por uma Osún, um Azansú e uma Oyá.
Gaiaku Luiza foi uma das poucas Vodunsìs, na Bahia, que ousaram abrir uma roça de candomblé jeje-mahi. Isso ocorreu em 1952, num período em que não era comum tal prática dentro do culto jeje. Na época, supõe-se que existiam somente dois terreiros jeje-mahi na Bahia, que eram o Zòògodò Bogun Malè Hùndo (Terreiro do Bogun), em Salvador, e a Roça de Ventura (Sejá Hundê) , em Cachoeira. Com a autorização e participação de sua mãe-de-santo Kpòsúsì Romaninha, dona Luiza abriu um Terreiro Jeje-Mahi, tornando-se, então, uma Gaiaku.
A iniciação de Gaiaku Luiza foi no Bogun. Ela chegou no Bogun no dia 9 de agosto de 1944 e só voltou para casa em 1945. Segundo depoimento da própria Gaiaku Luiza, quem comandava o Bogum naquela época era Gaiaku Emiliana, pertencente ao vodun Agué. Foi nesse contexto que Gaiaku Luiza plantou o axé do Hùnkpámè Ayono Huntoloji.
Ela narrava que:
"Em 1948, minha mãe Oyá começou a reclamar que não queria que batesse candomblé ali (casa no bairro da Liberdade). Ela passou a querer uma roça onde houvesse água, árvores frutíferas e que fosse perto da linha férrea. Saí procurando uma roça para comprar, mas não encontrava. No dia 2 de novembro, eu já estava saindo para minha procura, quando minha mãe carnal falou: 'Logo hoje, minha filha, dia de finados...' Eu respondi: 'Quem sabe, mamãe, os espíritos de luz me ajudam?' Saímos eu e Delza sem destino, fomos parar em Almeida Brandão. Passamos por ponte, estrada de ferro e nada de encontrar. Adiante, vi uma placa, quando chegamos perto não era uma placa de venda, dizia o seguinte: prenda sua galinha que a roça tem veneno. Delza dizia: 'Minha velha, vamos embora, esta chuviscando e não vamos achar nada.' Quando estávamos voltando e já estava anoitecendo, vi uma placa, mas não conseguia enxergar porque já estava escuro, chegamos mais perto e a placa era de vende-se. Descemos até o portão velho e caído, aí apareceu uma Dan (cobra), eu então falei: olha Delza esta roça vai ser nossa. A roça ficava num lugar chamado Cabrito. Começamos a gritar e de repente apareceu um velho, pé hoje e pé amanhã. Ele se aproximou perguntando se queríamos comprar frutas, eu respondi que queria comprar a roça. Era tanta Dan, que havia na roça que você pisava e sentia elas por baixo das folhas. Deixei tudo acertado com o velho e marcamos a negociação. Foi uma venda rápida. No dia 2 de novembro a roça já era minha verbalmente. O casal de velhos ainda ficou morando na roça por algum tempo. A velha, dona Maria era de Oyá e o velho era de Azansú. Mudei para a roça em 1950. Foi muito difícil morar ali, no começo. Não conhecia ninguém, sozinha ali, jogada, morando naquela casinha de palha. Comi uma roxura! Comendo zinco e arrotando semânio. A inauguração da roça, em 1952, sob a permissão de Gaiaku Kpòsúsì Romaninha, foi com uma festa para Azansú, o dono da casa, e foi muita gente prestigiar. A roça recebeu o nome de Humpame Ayono Huntoloji."
Em 1962, a roça é transferida para um local denominado Alto da Levada, próximo ao bairro do Caquende, na cidade de Cachoeira, onde permanece até hoje...
Em 20 de junho de 2005, Luiza Franquelina da Rocha, ou Gaiaku Luiza de Oyá faleceu, aos 96 anos de idade. Considerada uma das mais importantes Sacerdotisas do Culto Afro-Religioso Jeje-Mahi do Brasil e possuidora de uma sabedoria inigualável. Ela faleceu em Cachoeira, na sua Roça, cercada de filhos-de-santo, amigos e familiares, como ela sempre quis e costuma dizer: "Mãe-de-santo tem que morrer dentro de sua Roça".
Foi determinado, ainda em vida pela falecida, que a herdeira do posto de dirigente sacerdotal do terreiro seria sua sobrinha carnal, Regina Maria da Rocha. Dofona Regina foi iniciada no Hùnkpámè Hùntóloji, num barco de 3 Vodunsìs, para o Vodun Avimaje... Atualmente, Gaiaku Regina Avimajesì conduz o Hunkpame, o qual foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO.

-Texto extraído e readaptado do livro "Gaiaku Luiza e a trajetória do Jeje-Mahi", escrito por Marcos Carvalho (Mejitó Marcos de Gbèsén), Filho de Santo de Gaiaku Luiza.
-Retirado da página "Coisas do Povo de Santo" (Facebook)...

Casa de Gaiaku Luiza ou Hunkpame Ayono Huntoloji:

Do Hunkpame Ayono Huntoloji é possível visualizar a cidade de São Félix,
do outro lado do Rio Paraguaçu. A cidade de Cachoeira fica ladeira abaixo à direita...

terça-feira, 8 de junho de 2021

Cabaça


A cabaça é um fruto vegetal com larga utilização na Umbanda, no Candomblé, no Xamanismo e demais religiões afroameríndias.
A cabaça é o fruto da cabaceira (Cucurbita lagenaria) ou o porongo da Árvore da Cuieira (Crescentia cujete). Normalmente possui forma arredondada; mas, também pode apresentar outras formas...
Por dentro possui algumas sementes que podem ser utilizadas em banhos, chás e poções diversas. Tomar banho com as sementes da cabaça é excelente para descarregar o campo energético, favorecendo o equilíbrio mediúnico e a harmonização emocional.
O chá limpa o organismo de parasitas diversos e regula as funções intestinais. As sementes trituradas formam um pó de descarrego poderoso, que pode ser misturados a outros ingredientes para ser potencializado.
Depois de extraída (colhida), torna-se seca e sólida; por isso, o fruto possui diversas utilidades. Ao ser cortada, deve ser retirada toda a polpa da cabaça, deixando-a secar, para ser usada como utensílio.
Na Umbanda, sua utilização é ampla, tomando nomes diferentes de acordo com o seu uso ou pela forma como é cortada. Inteira, é denominada cabaça; cortada, é chamada de cuia ou coité... As maiores são denominadas de cumbucas. 
Cortada em forma de prato torna-se um recipiente para a comida. Com o corte no comprimento, torna-se uma vasilha com um cabo (concha), que serve para colher o material de oferecimento ou para colher as águas do banho de folhas.
Inteira e revestida de uma rede de malha será o Agbe, instrumento musical usado pelos Ogans durante os toques e cânticos. Cabaças minúsculas são colocadas como depósito de inúmeros remédios. 
Uma cabaça com o pescoço comprido em forma de chocalho é agitada com as suas sementes, fazendo assim o som do Xequerê (Sèkèrè), um instrumento musical.
Uma cabaça cortada horizontalmente pode e deve ser utilizada nos Rituais de Amaci, evitando qualquer outro elemento impróprio para a ocasião.
Cortada acima do meio, forma uma vasilha com tampa, transformando-se na cuia do Axé, utilizada para colocar os símbolos do Orixá após a obrigação de sete anos do médium.
A cabaça é utilizada como elemento bioenergético, mágico e natural pelos Pretos Velhos, Caboclos, entre outras Entidades... Substituindo os copos por cabaças, as bebidas servidas aos Pretos Velhos, Caboclos e outras Entidades terão um valor energético a mais.
Nas oferendas, a substituição do alguidar pela cabaça também é muito bem aceita, pois torna-se um utensílio importante; afinal, ela é natural, tem valor energético, tem simbologia e, além de tudo, é biodegradável.
A cabaça é considerada um elemento vegetal poderosíssimo e de grande valor simbólico. Por tudo isso, a cabaça representa o pote que guarda todos os mistérios da cura, da vida e da morte...
Dessa forma, quem é da Religião, costuma ter em sua Roça uma plantação de cabaceiras rasteiras ou uma Árvore de Cuia, para que o Axé da Casa seja permanente!

Texto escrito com o auxílio dos seguintes sites:

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Pequeno vocabulário com algumas palavras de origem ameríndia...


Abedabum - à vista do dia (Cheyenne)
- Abequa, Abeque - permanece em casa (Cheyenne)
- Abey - folha (Omaha)
- Abeytu - folha verde (Omaha)
- Adoette - árvore grande (Kiowa)
- Adsila - flor (Cherokee)
- Agasga - chuva (Cherokee)
- Ahawi - veados (Cherokee)
- Ahyoca - ela trouxe felicidade (Cherokee)
- Aiyana - flor eterna (Cherokee)
- Alawa - ervilha (Algonquin)
- Aleshanee - ela joga o tempo todo (Algonquin)
- Algoma - vale das flores (Algonquin)
- Alsoomse - independente (Algonquin)
- Altsoba - todas as guerras (Navajo)
- Ama - água (Cherokee)
- Amadahi - água da floresta (Cherokee)
- Amitola - arco íris (Cherokee)
- Anaba - volta da guerra (Navajo)
- Anamosa - branco (Sauk)
- Angpetu - dia radiante (Sioux)
- Ankti - dança repetida (Hopi)
- Anna - mãe (Algonquin)
- Anpaytoo - radiante (Sioux)
- Asdaza - mulher (Navajo)
- Ateed - menina (Navajo)
- Atsila - fogo (Cherokee)
- Awanata - tartaruga (Miwok)
- Awenasa - minha casa (Miwok)
- Awinita - agradar (Cherokee)
- Ayasha, Ayashe - um pouco (Cheyenne)
- Ayita - primeiro à dançar (Cherokee)
- Calfuray - flor violeta (Mapuche)
- Catori - espírito (Hopi)
- Chakwaina - aquele que chora (Hopi)
- Charisa - alces (Hopi)
- Chapa - castor (Sioux)
- Chapawee - ocupado (Sioux)
- Chepi - ser encantado (Algonquin)
- Chlumani - menina (Sioux)
- Chosposi - olho bonito (Hopi)
- Chumana - serpente (Hopi)
- Chusi - serpente boa (Hopi)
- Coahoma - pantera vermelha (Choctaw)
- Dezba - guerrear (Navajo)
- Dibe - ovelhas (Navajo)
- Doba - paz (Navajo)
- Doli - azul (Navajo)
- Doya - castor (Cherokee)
- Ehawee - solteira feliz (Sioux)
- Elu - linda (Zune)
- Ethete - boa (Arapaho)
- Eyota - grande (Sioux)
- Fala - corvo (Choctaw)
- Galilahi - atraente (Cherokee)
- Genessee - vale (Iroquois)
- Gigyago - menina moça (Potawatomi)
- Goga - verão (Cherokee)
- Gola - inverno (Cherokee)
- Hakidonmuya - tempo de espera (Hopi)
- Haloke - salmão (Navajo)
- Hantaywee - fiel (Sioux)
- Hateya - esmaga com o pé (Mowok)
- Hehewuti - espírito guerreiro (Hopi)
- Hola - sementes de fartura (Hopi)
- Honiahaka - pequeno lobo (Cheyenne)
- Howi - tartaruga (Miwok)
- Hurit - belo (Algonquin)
- Huyana - água de chuva (Miwok)
- Isi - veado (Choktaw)
- Kachina - espírito sagrado dançarino (Hopi)
- Kai - árvore salgueiro (Navajo)
- Kakawangwa - amargo (Hopi)
- Kaliska - coiote caçador (Miwok)
- Kamali - espírito guia (Mahona)
- Kamama - borboleta (Cherokee)
- Kanti - canta (Algoquin)
- Kasa - vestida de peles (Hopi)
- Kaya - irmã mais velha (Hopi)
- Keegsquaw - virgem (Algoquin)
- Keezheekoni - fogo (Cheyenne)
- Kenda - poderes mágicos (Dakota)
- Kewanee - pradaria (Potawatomi)
- Kimama - borboleta (Shoshone)
- Kimi - secreta (Algonquin)
- Kimimela - borboleta (Sioux)
- Kinta - veado (Choctaw)
- Kiwidinok - mulher do vento (Cheyenne)
- Kolenya - peixe (Miwok)
- Kosa - ovelha (Cheyenne)
- Kuckunniwi - lobo (Cheyenne)
- Leotie - flor da pradaria (Hopi)
- Lenmana - flauta (Hopi)
- Litonya - colibri (Miwok)
- Lomahongva - lindas nuvens (Hopi)
- Lomasi - bonita flor (Hopi)
- Lulu - coelho (Hopi)
- Makawi - generoso (Sioux)
- Macha - aurora (Sioux)
- Magaskawee - moça graciosa (Sioux)
- Magena - lua (Sioux)
- Mahal - mulher (Sioux)
- Mahu - lendas (Hopi)
- Mai - coiote (Hopi)
- Maka - terra (Sioux)
- Makawee - materno, da mãe (Sioux)
- Malia - amarga, amargura (Zune)
- Malila - salmão (Miwok)
- Manaba - voltar da guerra (Navajo)
- Mansi - depenado (Hopi)
- Mapiya - Celestial (Sioux)
- Maralah - nascido durante um terremoto (Sioux)
- Meda - profetisa (Sioux)
- Meli - amargo (Zuni)
- Meoquannee - veste vermelho (Chippewa)
- Migisi - águia (Cheyenne)
- Miakoda - poder da lua (Sioux)
- Migina - regresso à lua (Omaha)
- Migisi - águia (Chippewa)
- Mimiteh - lua nova (Omaha)
- Mina - filha mais velha (Sioux)
- Mnya - irmã mais velha (Osage)
- Misae - branca (Osage)
- Mitena - nascida na lua nova (Ojibway)
- Mituna - folhas (Miwork)
- Mosi - gato (Navajo)
- Muna - primavera (Hopi)
- Nadie - sábio (Algonquin)
- Namide - estrela dançarina (Chippewa)
- Nahimana - espiritual (Sioux)
- Nascha - coruja (Navajo)
- Nata - falante (Navajo)
- Natane - filha (Arapaho)
- Neche - amigo (Ojibway)
- Niab - agradar (Osage)
- Nidawi - espírito da natureza (Omaha)
- Nijlon - aquele que tem muitas esposas (Algonquin)
- Nimeda - dança (Potawatomi)
- Nina - forte (Potawatomi)
- Ninovan - (do nosso lar)
- Nita - urso (Choktaw)
- Nittawosen - fertilidade (Algonquin)
- Noya - da areia (Cherokee)
- Nukpana - mal (Hopi)
- Nummes - irmã (Algonquin)
- Nuna - da terra (Algonquin)
- Nuttah - meu coração (Algonquin)
- Odina - montanha (Algonquin)
- Ohcumgache - pequeno lobo (Cheyenne)
- Ojinjintka - rosa (Sioux)
- Olathe - belo (Sioux)
- Ominotago - bela voz (Cheyenne)
- Onatah - filha do espírito da terra (Iroquois)
- Ooljee - lua (Navajo)
- Oota Dabun - estrela da manhã (Algonquin)
- Opa - coruja (Choktaw)
- Orenda - poder mágico (Iroquois)
- Osyka - água (Choktaw)
- Oya - forte (Moquelumna)
- Pakwa  apo (Hopi)
- Pakuna - cervo (Miwork)
- Pamuya - água com luar (Hopi)
- Pati - peixe Miwork)
- Pauwau - espírito malígno feminino (Igonkin)
- Pavati - água clara (Hopi)
- Paz - pássaro amarelo (Ponka)
- Pelipa - amigo dos cavalos (Zuni)
- Polikwaptiwa - borboleta sentada sobre uma flor (Hopi)
- Paloma - arco (Choktaw)
- Posala - despedida da primavera (Mowork)
- Powaqa - espírito maligno feminino (Hopi)
- Ptaysanwee - búfalo branco (Sioux)
- Pules - pombo (Algonquin)
- Quanah - perfumado (Comanche)
- Quaneah - orvalho da manhã (Cheyenne)
- Sacajawea - pássaro mulher (Shosshone)
- Sahpooly - coruja (Kiowa)
- Salali - esquilo (Cherokee)
- Sapata - dança do urso (Miwork)
- Sasa - ganso (Cherokee)
- Santinka - dançarino encantado (Kiowa)
- Sheshebens - pequeno pato (Cheyenne)
- Shima - mãe (Navajo)
- Shuman - aquele que manipula a cascavel (Hopi)
- Sihu - flor (Hopi)
- Sikya - pequeno canyon (Hopi)
- Sinopa - raposa (Hopi)
- Skenandoa - veado (Iroquois)
- Sokanon - chuva (Algonquin)
- Sokw - azedo (Algonquin)
- Sonoma - solo, lugar (Miwork)
- Sooleawa - prata (Algonquin)
- Soyala - solstício de inverno (Hopi)
- Suletu - voador (Miwork)
- Tablita - tiara,coroa (Hopi)
- Tadewi - vento (Omaha)
- Taima - trovão (Omaha)
- Taini - lua nova (Omaha)
- Takala - milho (Hopi)
- Tala - lobo (Sioux)
- Talulah - pulando da água (Choktaw)
- Talisa - águas belas (Sioux)
- Talutah - vermelho sangue (Sioux)
- Tayanita - jovem castor (Cherokee)
- Tiponi - filho importante (Hopi)
- Tiva - dança (Hopi)
- Tolinka - orelha de coiote (Mowork)
- Tuwa - terra (Hopi)
- Usdi - querida (Chorkee)
- Wachiwi - menina dançarina (Sioux)
- Wakanda - possuidor de poderes mágicos (Sioux)
- Wapun - amanhecer (Potawatomi)
- Wastha - boa (Sioux)
- Watseka - menina moça (Potawatomi)
- Weeko - bonito (Sioux)
- Wenona - a primeira filha (Sioux)
- Wicapi - estrela sagrada (Dakota)
- Wichahpi - estrela (Sioux)
- Wyome - grande planície (Algonquian)
- Xochitl - flor (Nahuati)
- Yamka - flor (Hopi)
- Yatokinia - sol (Hopi)
- Yenene - feiticeiro (Miwork)
- Yoki - chuva (Hopi)
- Yona - urso (Cherokee)
- Zitkala - pássaro (Dakota)
- Zonta - pessoa confiável (Sioux)

Fonte: