sábado, 2 de novembro de 2013

Dia dos Mortos, das Almas, dos Eguns e de todos os Espíritos!

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No dia 1° de Novembro comemoramos o Dia de Todos os Santos e no dia 02 celebramos o Dia de Todos os Mortos. Zélio de Morais* determinou que Oxalá seria a primeira Linha da Umbanda: a Linha Branca, da pureza e da paz. E que que Obaluaiê e Omulu comandariam a última Linha e que sua cor seria Preta (que significa morte).
Assim, temos a representação da pureza da vida na cor branca de Oxalá e a representação das trevas da morte na cor preta de Omulu e Obaluaiê. Por isso, Omulu e Obaluaiê assumiram a Linha das Almas; pois, São Lázaro "retornou dos mortos" quando Jesus o chamou e São Roque sobreviveu às doenças pestilentas de sua época, graças a companhia de um fiel cão.
A Umbanda compreende que há vida após a morte... O Trabalho Espiritual entre os Encarnados e os Desencarnados é realizado para o bem comum de todos. Pois, todos os espíritos são iguais, perante Zambi (Deus). 
No dia 1° de Novembro celebramos aqueles que sacrificaram sua vida por uma causa ou um ideal, mas não foram "canonizados" - por isso o termo: "Todos os Santos"! O Dia dos Finados possui como diversas representações: lembrarmos dos entes queridos que partiram; orarmos uns pelos outros e termos a certeza que todos nascemos e depois morremos.
No Brasil, a maioria das pessoas visita os cemitérios ou túmulos dos familiares, levando flores, velas, ou outros enfeites, no Dia dos Finados. Nos Estados Unidos é comum as pessoas enfeitarem os locais onde a pessoa perdeu sua vida, para que ela seja lembrada para sempre! Nesse locais as pessoas deixam presentes diversos, velas coloridas e perfumadas, flores, objetos pessoais, entre outras recordações. Em outros países do Mundo, também comemora-se o "Dia de Finados", de acordo com cada Cultura; porém, nas Américas, devido aos Cultos Ameríndios e Afrodescendentes temos uma cultura bem abrangente e diferente para a morte.
No México, por exemplo, as pessoas festejam seus mortos com fantasias, doces e música. Segundo a crença local, os falecidos voltam às suas casas nessa data, para visitar os parentes vivos.  Por isso, as famílias preparam altares repletos de adornos, objetos do ente querido e comidas do seu gosto. É uma das Festas Mexicanas mais animadas, onde as crianças aproveitam bem, pois, seus doces preferidos são as caveirinhas de açúcar. A tradição tornou-se tão cultural, que foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco!
As origens da celebração mexicana são anteriores à chegada dos espanhóis; pois, há relatos de que os Astecas, Maias, Purépechas, Náuatles e Totonacas já praticavam esse culto. Os rituais se realizavam nessas civilizações há mais de três mil anos. Na era pré-hispânica era comum a prática de conservar os crânios como troféus, e mostrá-los durante os rituais que celebravam a morte e o renascimento.
O festival do "Dia dos Mortos" era comemorado no nono mês do calendário solar Asteca (por volta do início de agosto) e era celebrado durante um mês inteiro! As festividades eram presididas pela deusa Mictecacíhaultl, a "Dama da Morte" (ou do espanhol: Dama de la Muerte). A imagem de uma caveira encoberta por um manto e adornada por flores, já remete ao país automaticamente. Atualmente está relacionada  a imagem de La Catrina, esposa de Mictlantecuhtli (El Rey de Los Muertos).
Os símbolos do Dia dos Mortos acabaram tornando-se símbolos da Cultura Mexicana e de outros países. Embora a festa continue sendo celebrada atualmente, com características mais modernas, ainda são encontrados rituais mais tradicionais em algumas regiões do país. Mesmo com a colonização e a aculturação espanhola, o ritual do Dia dos Mortos é um dos poucos que restaram no México pós-colonização.

E quem se diverte a valer nessas festas?
É o Senhor Tata Caveira,
com todos os seus auxiliares!!!


LA MADRE DE LOS MUERTOS