quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Quando o médium abandona a sua missão...


Toda missão mediúnica é determinada especificamente, com o propósito de auxiliar a evolução espiritual do indivíduo.
Quando a missão é assumida, cada ser humano aceita o compromisso de viver a sua vida de acordo com os desígnios maiores.
Cada missão é considerada única, porque é definida exclusivamente para "aquele" espírito. Ou seja, a missão de fulano não pode ser cumprida por sicrano e vice-versa.
Assim sendo, quando uma missão deixa de ser cumprida, um pedaço do processo evolutivo se perde e diversas pessoas são prejudicadas... Porque tudo está interligado.
No Cosmos tudo funciona como uma grande teia de aranha: entremeado e inter-relacionado entre si.
Nessa Grande Teia da Vida, cada fio sustenta um complexo emaranhado de inúmeras possibilidades, intimamente interligadas. Quando um fio se rompe, a estrutura que sustentava aquela teia fica comprometida para sempre.
Por isso, ao assumir o compromisso de cumprir sua missão mediúnica, o indivíduo responsabiliza-se por si mesmo e por aqueles que dependem do cumprimento de sua missão de vida.
Existe médium que jamais aceitou que possui uma missão mediúnica. Muitos médiuns fingem que desconhecem o seu propósito de vida. Agora, pior do que fingir, é desmerecer aquilo que conhece...
Se desmerece, fala mal e acusa, é porque fez mal uso de seu dom e vivenciou tudo de forma equivocada.
Quando o indivíduo usa mal seu dom mediúnico e prejudica os outros, normalmente acusa a Religião pelos seus desatinos. Ele esquece que Deus tudo sabe e tudo vê! E depois terá que acertar as contas do mesmo jeito...
O julgamento virá no tempo oportuno porque o Universo possui Leis! As Leis que regem toda a evolução são efetivas e duradouras (permanentes).
O médium que possui missão e a abandona, comete diversos erros: menospreza seu compromisso com Deus, nega sua fé na Espiritualidade Maior, exclui aqueles que necessitam de seu amparo, ocasiona a perda de seu portal de luz.
Toda essa somatória de erros possui um alto custo: a queda. Uma queda de muitos níveis!
Por isso, médium, parafraseando uma frase extraída do livro Ilusões: As Aventuras de um Messias Indeciso (de Richard Bach), "Você quer saber se sua missão de vida está concluída? Se você está vivo, ela não está!"
Então, ainda dá tempo de consertar tudo e rever suas escolhas... Pense nisso!

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

A importância dos Erês na Umbanda Sagrada.

Pin em Nigeria | Yoruba

Ibeji, Erê, Vungi, Igbeji, Mwunji... Erê é o mesmo que Orixá Criança na Nação Keto. Wunji é aquele que rege a infância em Congo e Angola.
Ibeji é a divindade gêmea da vida, pois representa a dualidade e a proteção dos gêmeos (Twins) na Mitologia Yorubá. Dá-se o nome de Taiwo ao primeiro gêmeo gerado e de Kehinde ao último.
Nas Lendas, Kehinde determinava a Taiwo que comandasse o mundo, pois este era o mais velho em nascimento.
Os Erês são filhos de Xangô com Oxum; apesar de muitas lendas enunciarem Oyá como genitora... Assim como muitas mulheres, Oxum também teve um filho natimorto, que depois renasceu...
Como na África, muitas mulheres tinham dificuldade em engravidar ou manter a gravidez saudável até o fim, quando nasciam gêmeos, tudo era motivo de muita festa.
Normalmente, nas Nações Africanas os gêmeos são representados por duas imagens colocadas lado a lado no altar...
Na Umbanda, essa é a representação foi alterada para Cosme, Damião e Doum. Cosme e Damião seriam os gêmeos Taiwo e Kehinde, enquanto Doum seria o natimorto renascido.
Entre o Povo Dahomé Fon é costume o consumo de carne de macaco. Então, nas festas de Wungi, eram ofertadas frutas, doces, bebidas e carne de macaco assada.
Aqui no Brasil, essa tradição foi substituída por doces e comidas de Santo, como o vatapá, o caruru, e o mungunzá; acrescentando-se bolos, confeitos e refrigerantes em geral.
As guias (colar de contas) são confeccionadas de miçangas coloridas e intercaladas, sem uma ordem específica - já que Erê não possui feitura.
Existem Nações que intercalam as miçangas na cor-de-rosa com azul bem clarinho, em número de sete em sete - para representar os sete gêmeos das tradições ancestrais.
As frutas a serem servidas são as frutas doces e suculentas. As flores utilizadas podem ser: margaridas, miosótis, jasmins e alecrins...
As velas devem ser coloridas, como as de Festa. E as ofertas são complementadas com diversos brinquedos.
As oferendas dos festejos são "arriadas" em jardins, praças, parquinhos ou bosques coloridos; sempre aos domingos.
A saudação a Erê é Erê Mi, Erê Mi! Ou: Omi Beijada! Ibejiroó!
A data festiva de São Cosme e São Damião na Igreja Católica ocorre em 26 de setembro nas datas tradicionais e em 27 de setembro nos ritos extraordinários. Na Igreja Ortodoxa celebra-se em 1º de julho e 1º de novembro.
A Umbanda festeja São Cosme e São Damião, bem como, os Ibejis, em 27 de setembro.
Muitos Templos prorrogam as festividades em honra a todas as crianças e espíritos infantis até o dia 12 de outubro. Ou seja, muitos locais no Brasil celebram a Infância durante uma quinzena completa!
Normalmente, em Festa de Ibeji (principalmente na Umbanda) respeita-se o número sete, porque São Cosme e São Damião eram sete irmãos: Crispim, Crispiniano, Talabe, Alabá e Doum (entre gêmeos e trigêmeos).
No assentamento de Ibeji podem ser usados instrumentos em par, como: dois bonecos de madeira, dois carrinhos (também de madeira ou outro material de artesanato), dois chocalhos artesanais, etc.
Também podem ser usados: dois olhos de boi, duas cabaças, dois búzios gêmeos e abertos, dois alguidares de louça branca, junto a uma quartinha sem asa (também de louça branca).
Durante as Festas de Erê, também devemos nos lembrar de "Abiku": as crianças falecidas. Abiku quer dizer: nascido para morrer...
Infelizmente, na África existem muitos abikus. Por isso, quando nasce Erê tudo é uma Festa! Pois, significa que uma criança sobreviveu... Portanto, festejar Erê (Ibeji) é o mesmo que festejar a Vida!

IBEJITaiwo e Kehinde os Ibeji Yoruba | Bonecas africanas, Orixas, Deuses  africanos