terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Amarrações, Feitiços e Magia.

DIY Facial Steam: The New Ritual For Clear And Glowing Skin ...

Essa postagem é um pedido dos Mentores dessa Casa, para esclarecer dúvidas e elucidar sobre algumas questões.
A palavra magia é de origem Persa e representa todo o conhecimento do Universo Oculto repassado entre os Sábios e Filósofos da Antiguidade.
Para os Sábios, existe a Magia Branca e a Magia Negra. A Magia Branca causa benefício e respeita o livre-arbítrio individual. A Magia Negra causa malefícios e desrespeita o livre-arbítrio individual.
A Magia Branca está presente nas orações, nos bons pensamentos, nos passes magnéticos e mediúnicos, nas limpezas espirituais, nos banhos de ervas, etc.
A Magia Negra está representada nas amarrações, nos trabalhos para ferir ou derrubar alguém, nos maus pensamentos, nos desejos de vingança, nos feitiços perniciosos, entre outros.
Portanto, há uma distinção bastante grande entre a prática da Magia Branca e a prática da Magia Negra. 
As doenças sociais, causadas por inveja, ciúme, cobiça, soberba, orgulho, etc, fazem com que o Ser Humano busque satisfação em coisas efêmeras... E, para tanto, muitos querem possuir o que o outro possui!
Por isso, muitas pessoas, no desespero de serem amadas ou desejadas, destroem famílias e realizam todo o tipo de feitiço para obter a pessoa "desejada" ou o objeto de seu desejo.
É preciso entender que quem almeja o outro, não o ama de verdade. O verdadeiro amor é livre e respeita a individualidade de cada um...
Na ânsia de possuir aquilo que não lhe pertence, o indivíduo corrompe seus valores e cria laços infindáveis de dívidas Khármicas, destruindo a si mesmo e ao outro.
Com isso, atrai para si companhias trevosas de Espíritos Malignos, que lhe farão acreditar que pode ter o que deseja... Infelizmente, com essa atitude, a pessoa afasta seus Protetores Espirituais e seu Anjo de Guarda.
Como consequência, tudo começará a dar errado na vida dessa pessoa e ela dirá que é culpa dos "Guias Espirituais", pois ela era Umbandista e sua vida não melhorou... Ou então, a culpa é dos outros!
Dessa forma, temos os "maus" espiritualistas e os "maus" umbandistas, que denigrem a Religião com suas amarrações, seus feitiços e sua Magia Negra.
Aqui vamos esclarecer que existe a "amarração" e o adoçamento. Quer dizer, a amarração propriamente dita, não é o que chamam por aí... Ela é, na verdade, um Feitiço de Aprisionamento.
A amarração que a maioria pratica por aí é, na verdade, um "adoçamento". O adoçamento é um tipo de Magia Branca que usa: vela, flores, doces, perfumes, etc, e tem o poder de abrandar a outra pessoa.
O  Feitiço de Aprisionamento utiliza a Magia Negra e tem o poder de aprisionar, amarrar, conter, deter, prender, a vida da outra pessoa. E quem pratica esse Feitiço também fica preso...
O problema é que essas pessoas acreditam que os Espíritos são responsáveis pela vida de cada um... Ou seja, os Espíritos são os culpados pelo mal que ela mesma provocou... Na verdade, há somente um culpado: a própria pessoa! 
Precisamos entender que nós somos responsáveis por nós mesmos, por nossa evolução e pelos acontecimentos de nossa vida. Tudo o que fazemos reflete em nós, seja agora ou mais tarde.
Por isso, precisamos nos desapegar dessa ideia medíocre de que podemos "prender" alguém a nós. Nenhuma amarração é capaz de prender o outro!
Nossos Mensageiros e Mentores jamais nos prendem e jamais nos obrigam a nada. Apenas nos pedem que cumpramos nossa missão e que saibamos auxiliar o maior número de pessoas de maneira correta.
Por isso, se você quer amarrar, prender, enfeitiçar, manipular e destruir, faça isso sozinho e não use o nome da Umbanda. A Umbanda pratica a Magia Branca da Oração e da Cura!

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Vovô e Vovó Arruda

Esse preto-velho, que já nasceu escravo em uma fazenda de Goiás, viveu no século XVIII. Conheceu sua esposa na mesma fazenda.
Eles trabalhavam com o cultivo de café, cana-de-açúcar, batata doce, milho e ervas para temperos. João das Plantas e Maria das Flores (como eram conhecidos), sabiam como ninguém o cultivo da terra.
E assim viviam os dias, sem olhar o passado ou o futuro, vivendo apenas o presente. Casaram jovens e tiveram apenas dois filhos, pois Maria teve complicações no segundo parto e não conseguiu mais ter filhos.
Ela aprendeu a benzer e a curar aconselhada por sua avó, pois assim salvaria a vida da criança e a sua. João sabia as rezas de seus ancestrais e também começou a benzer...
Os dois sempre eram procurados pelos demais escravos por seus conhecimentos de plantas medicinais e orações de cura.
Os anos passaram e eles chegaram na velhice unidos e tranquilos. Tinham uma pequena casinha numa área da fazenda destinada aos escravos e lá plantavam diversas plantas para tempero, ornamento e cura.
Porém, a planta que mais crescia na frente da casinha modesta deles era a arruda, sempre viçosa e cheirosa.
Todos aqueles que se aproximavam podiam sentir o cheiro dessa planta e já se sentiam melhores. Quando a arruda florescia, quase toda a fazenda era tomada pelo seu cheiro. E assim, João e Maria passaram a ser chamados de "Vovô e Vovó Arruda".
Vovô João Arruda viveu até os 110 anos e recebeu sua carta de alforria um pouco antes de falecer. Vovó Maria Arruda viveu até os 89 anos, pois seus problemas de saúde agravaram-se com a idade.
Os dois ajudaram muitos negros e muitos brancos a vencer as doenças da carne e do espírito. Os brancos os procuravam escondidos na calada da noite por medo e por preconceito.
Mas, depois de muitas curas, eles passaram a ser queridos e respeitados por todos os moradores da redondeza. E assim se tornaram conhecidos o Vovô Arruda e a Vovó Arruda.


"Saravá Vovô Arruda, que com dificuldade caminha...
Alivia minha dor e me ensina o caminho,
que leva até Jesus, para eu encontrar a luz."

"Saravá Vovó Arruda, Saravá Vovó Arruda,
Vem benzer essa criança,
Pois preciso de sua ajuda...
Saravá Vovó Arruda, Saravá Vovó Arruda,
Me ensine a benzer, assim como você."

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

POVO - LINHA - FALANGE


De todos os assuntos discutidos na Umbanda, certamente o que mais provoca controvérsias, é oriundo das inúmeras linhas ou mais propriamente "pseudolinhas" de Umbanda, que via de regra, encontramos nos mais diferentes Terreiros.
Infelizmente, muitos umbandistas confundem as Sete Linhas Espirituais, com os Planos de Habitação Espiritual ou com as dimensões quânticas da matéria, acrescentando diversas classificações às Linhas, às Falanges e à própria Entidade.
Existem ainda os que consideram as mil e uma subdivisões existentes numa mesma Linha, como se fossem também uma Linha de Umbanda. Quer dizer, chamam as Falanges de Linhas! Os próprios médiuns confundem os termos "Linhas" e "Falanges" e transmitem falsas verdades aos demais...
Outro erro que ocorre muito, é que diversos Dirigentes enquadram determinadas Entidades de Nação à uma determinada Linha de Umbanda. Mas esquecem que, na verdade, eles são um Povo! Eles formam uma Nação, portanto são um Povo!
Um exemplo disso é o Povo Baiano, Povo Cigano, Povo do Oriente, Povo da Jurema, etc... A palavra "Povo" representa todas as Entidades que perderam suas terras, ou sua origem ou sua linguagem, e foram obrigados a viver de outra forma.
Eles pertencem a um "Povo", porque se identificam e se reúnem num mesmo propósito ou numa mesma missão. Para exemplificar melhor podemos citar o Povo de Rua, que representa todos aqueles que viveram nas ruas; ou o Povo das Matas, que representa todos aqueles que viveram nas matas.
As pessoas confundem a definição "Povo" e "Linha" porque não entendem que uma Entidade que pertence à um determinado Povo, pode trabalhar em uma Linha e pertencer à uma Falange especificamente.
Para explicar melhor, vamos observar o Mundo de agora. Existem muitos estrangeiros vivendo em outros países, e por isso adquiriram nova nacionalidade... Entretanto, eles não deixaram de pertencer àquela Pátria, ou seja, àquele "Povo".
Quer dizer, a Pátria é a Nação ou o "Povo" que a Entidade representa. A "Linha" é a vibração ou a energia que a Entidade atua... E a "Falange" é o grupamento para o qual a Entidade trabalha.
Apenas lembrando que a Umbanda possui as Sete Linhas: OXALÁ, XANGÔ, OGUN, OXÓSSI, MÃES, ERÊS, ALMAS... Oxalá é a Paz. Xangô é a Justiça. Ogun é a Luta. Oxóssi é o Alimento. As Mães são a Proteção. Os Erês são o início, o novo. E as Almas são os antepassados (vida e morte; saúde e doença)...
O Povo representa a Nação da Entidade. A Linha define o campo de atuação de cada Entidade (Éter, Fogo, Metal, Vegetal, Água, Ar e Terra). E a Falange é o grupo para o qual a Entidade trabalha...

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Como Iemanjá cuidou de Obaluaiê?

Conta a Lenda que Nanã teve um filho com Oxalufan... E que ela andava desconfiada e nervosa com Ele. Como sua gravidez foi complicada, ela gerou um filho doentio, mirradinho e com aparência frágil. Não sabendo como cuidar do filho, levou-o para Iemanjá, que já era mãe de muitos filhos e tinha experiência no trato com crianças. Assim, Nanã deixou Obaluaiê nas cavernas à beira-mar, para que o mesmo fosse criado pela Mamãe Sereia.
Iemanjá cuidou de Obaluaiê com todo carinho. Ele cresceu, curou-se e saiu pelo mundo. Como Obaluaiê sempre viveu em uma caverna, ele nada conhecia do mundo. Por isso, com medo que sua aparência não agradasse aos demais, teceu uma roupa toda de palha da costa e enfeitou-a com búzios. Obaluaiê andou pelo mundo, morando em diversos lugares e aprendendo muitas coisas em suas andanças.
Em sua jornada, Obaluaiê conheceu todos os demais Orixás e com cada um deles adquiriu um conhecimento diferente. Assim, Obaluaiê andou com Exu pelas Estradas, lutou ao lado de Ogun nas Guerras, conviveu com Oxóssi nas Matas, visitou as Águas de Oxum, conheceu as Pedreiras de Xangô, encantou-se pela Justiça de Yansã, desvendou os Mistérios de Ifá, visitou o reino de Oxalá e foi rever sua mãe Nanã.
Nanã soube que o filho estava crescido e pensou que ele não a perdoaria. Um dia, levantou-se do seu leito à beira da Lagoa mais barrenta do Reino de Oyó, e deparou-se com Obaluaiê. Nanã estava triste e só, porque seus outros filhos tinham crescido e partido para reinos distantes. Obaluaiê abraçou a mãe e agradeceu-a por ter lhe deixado aos cuidados de Iemanjá. Graças ao amor de Iemanjá, ele estava curado.
Nanã ficou feliz por perceber a gratidão de seu filho e o convidou a morar com ela à Beira da Lagoa. Obaluaiê conviveu com Nanã por muito tempo e depois retornou ao Reino do Mar para reencontrar sua Mãe Iemanjá. A Sereia do Mar percebeu a mudança no filho... Então, presenteou-o com colares das pérolas mais brancas e das pérolas mais negras do fundo do mar.
Agora quem vê Obaluaiê, percebe Nele dois colares trançados de contas brancas e contas negras. Ele continua a usar sua roupa de palha da costa, mas já sabe que está curado. Por conta de todo o seu conhecimento, Olorun presentou-o com o Dom da Cura de todos os males da Terra e tornou-o um Orixá. Obaluaiê é agora o Protetor dos humanos contra todas as doenças e contra as misérias terrenas.

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